sábado, 6 de dezembro de 2008

Gosto do povo de São Paulo. Mas tenho que comentar; acabei de chegar de lá e, nas minhas estadias, me distraí, fazendo duas perguntas aos cidadãos locais:
- Você votou em quem?
- Pra que time você torce?
Todas (TODAS mesmo) respostas foram: “Kassab” e “Corinthians”. Sobre o Kassab, nem vou comentar, não acrescentaria nada. Mas o Corinthians… esse time teve muito mais publicidade só com a sua queda à série B do que o Atlético, o Grêmio, o Palmeiras, o Botafogo juntos, em seu rebaixamento e ascensão. Comparada com o estardalhaço que se fez com o Corinthians ano passado, parece que a provável queda do Vasco nem é tão importante assim.
São Paulo tem maiorias estranhas: a maior torcida dá mais retorno quando o time cai e os eleitores dão mais retorno quando as ruas caem.

Comentário meu publicado em Conversa Afiada

O Crime Compensa

Opinião de um completo leigo: a Lei e a Justiça pegam leve, muito leve, com bandidos ricos. Não tenho a menor idéia de quanto o DD faturou com esses crimes por que foi condenado. Como, só na operação Br'oi, ele vai levar R$ 1bilhão; suponhamos, então, que ele tenha faturado ilícita, direta e indiretamente, em todos esses anos, algo em torno da metade disso: R$ 500milhões e vamos considerar que ele tenha cessado seus ganhos criminosos. Descontem-se os R$ 14milhões de multa (parece até piada). Divide-se esse valor por 10 anos e divide-se novamente por 365 dias. Não estou satisfeito e vou dividir esses dias por 24horas. A conta passo-a-passo:
R$ 500.000.000,00 - R$ 14.000.000,00 = R$ 486.000.000,00
R$ 486.000.000,00 : 10 anos = R$ 48.600.000,00
R$ 48.600.000,00 ao ano : 365 dias = R$ 133.150,68
R$ 133.150 ao dia : 24horas = R$ 5.547,94
Ou seja, considerando os tais R$ 500.000.000,00 que eu chutei (eu acho que é muito mais) e que ele vai ficar todo esse tempo preso, sendo 24horas por dia, cada dia preso vai corresponder a mais de dez anos de renda de quase maioria dos brasileiros!!

- Ou seria como eu ficar uma única hora
hospedado no "Daslu Apart Hotel" e receber mais que o dobro do meu atual salário.

- Ficar uma semana preso e ganhar toda contribuição esperada à previdência até a minha aposentadoria, já contando com as progressões da carreira.

- Ficar um mês preso e ter, só para mim, a metade do orçamento anual de uma cidade de 6.000 habitantes.

Vale à pena ou não vale?


Reedição de comentário meu publicado no Conversa Afiada

sábado, 29 de novembro de 2008

Trocando as bolas

Esses dias me contaram que chá preto tem mais cafeína que café.

Ora, café é mais preto que chá preto.

Que troca de nomes é essa?

Chá preto é quem devia chamar café e café, chamar chá preto.

É como chamar o PFL de "Democratas" e Hugo Chávez de "ditador".

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Aviso

Desde o primeiro dia, estou muito comportado nesta birosca. Fiquei com um receio estúpido, porque eu comecei a pretender este espaço como de discussões inteligentes e, assim, fiquei recalcando muitos pensamentos politicamente incorretos, o que é mais natural das minhas não-convencionais opiniões.

Por isso, aguardem mais palavrões, futilidades, ironias, idéias erradas e tom agressivo.

Tudo com muito respeito, claro.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Egocentrismos

(...)
É tão engraçado como (...) polarizam tudo entre Rio e São Paulo! Falam desses lugares como se o Brasil pudesse ser resumido aos contrastes entre ambos. (...) É quase como pensam a Europa Ocidental e a América do Norte, quando se referem a eles mesmos como “o mundo”.

Comentário meu publicado em Conversa Afiada

Esse é um assunto que já venho querendo abordar há um tempo e acho que esse comentário resumiu bem o que eu penso.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Conscientização x Mobilização

Acabei de ler, na capa de uma nova revista, sobre uma adolescente infectada pelo HIV, dizendo que ela era esclarecida sobre a SIDA antes da contaminação.

Esse caso retrata uma condição que eu vejo e parece que ninguém sacou. Autoridades e moralistas em geral utilizam o termo "conscientização" com o sentido de educação. O que eu acho é que a maioria esmagadora das pessoas que, de algum modo, cometem o que a sociedade considera imprudente, ilegal, vandalismos ou politicamente incorreto, elas o fazem com um mínimo de esclarecimento sobre as conseqüências de seus atos (ou sobre o que pensará a sociedade). A sociedade subestima a capacidade dessas pessoas em entender e compreender o que envolve seus atos.

Por exemplo, essa menina acima: posso apostar que, das pessoas que compreendem o que são doenças sexualmente transmissíveis e sabem como previni-las, muito mais da metade age sem se importar com os riscos. Elas julgam improvável uma contaminação mais séria. E a prevenção, quando há, deve-se muito mais ao risco de gravidez.

Outro caso: esses dias ouvi no rádio sobre a ação da polícia para apreender produtos piratas em shoppings populares. Na própria matéria, os policiais e jornalistas concordavam que os compradores sabiam da origem ilícita dos produtos; que essa atividade gerava "prejuízos" ao governo e que isso refletia no comprometimento da eficiência do serviço público. Os compradores também sabem da violação dos direitos autorais e que os autores não estariam sendo recompensados por suas obras. Essa mesma matéria explicava que, para esses compradores, a compra de produtos pirateados é mais justa porque ajuda na renda dos vendedores, promovendo uma "redistribuição de renda". Ou seja, para esses compradores, as indústrias, os diretores, os artistas e os programadores já têm muito dinheiro e não precisam da receita gerada por essas vendas; então esse lucro é repassado para o vendedor, que é mais pobre e vai fazer um proveito menos fútil daquele dinheiro (ou vai gastar menos dinheiro com futilidades). E o dinheiro dos impostos, em vez de dar a "político corrupto" ou a programas sociais eventualmente ineficientes, são usados direto na finalidade que o comprador escolheu - a tal "redistribuição de renda". (Um comentário: não me oponho a essa lógica. É politicamente incorreta, mas faz todo o sentido.) E a conclusão da matéria foi: "as pessoas não têm consciência dos prejuízos que a pirataria traz."

No caso de motoristas bêbados, todos que tiveram competência para passar na prova de legislação de trânsito têm que saber das alterações fisiológicas provocadas pelo álcool e a conseqüente perda de inibição, atenção e relfexos. E provavelmente já se cansaram de ter notícia de acidentes trágicos por causa de bebida. Mas a auto-confiança sempre fala mais alto e até os passageiros não costumam se importar com a alteração do motorista. A pouca mudança de comportamento sobre isso só aconteceu com essa Lei Seca. E eu nem precisava ir tão longe no caso de motoristas. Eu posso apostar, de novo, que você, leitor, dirigiu falando ao celular pelo menos uma vez nas últimas dez vezes que pegou o carro.

Poderia dar vários outros exemplos: drogas, pixação, lixo, consumo de recursos naturais, consumismo, geladeira aberta, peido, sedentarismo...

O fato é que, em muitos casos, mesmo após compreender o contexto de seu comportamento, as pessoas não correspondem às orientações de uma atitude adequada. Elas não têm motivação para seguir aquela orientação ou, ainda, sentem-se motivadas a não cumpri-la. Os analistas, as autoridades e os moralistas em geral precisam parar de acusar seus alvos de "inconscientes", como se fossem ignorantes, e passar a chamá-los de desmobilizados para aquele assunto. Porque o que eu vejo é que, consciência, a pessoa tem. Ela pode se sentir motivada por aquela causa ou não. Infelizmente (ou felizmente, em alguns casos), só depende dela.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Crise?

Ainda vou morder minha língua (ou dedos) por dizer isto:

Nos jornais só sai crise, crise, crise... mas ao mesmo tempo o desemprego nas capitais em setembro foi registrado como estável (e estava caindo). Até aqui, a maioria das lojas estão cheias ou abarrotadas de gente, em qualquer dia da semana. Isso não li no jornal. Isso eu vejo todo dia no meu caminho a pé.

Acho que esqueceram de avisar pro povo que o mundo está em crise.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Trânsito de São Paulo

(...)Porque as prefeituras têm a sua responsabilidade sobre os problemas de trânsito, os motoristas acham que estão isentos de qualquer possibilidade de culpa. Desconsideram que o excesso de carros é conseqüência também da má-vontade dos cidadãos em melhorar a relação de espaço passageiro/veículo em benefício da sua comodidade e conforto intocáveis. Antes de apontar o dedo, procure fazer você mesmo a sua parte para melhorar a situação!
___

(...) É claro que em São Paulo ou em qualquer lugar do mundo, um itinerário percorrido por ônibus coletivo é mais demorado que por um carro de passeio. Só (...) que nós, brasileiros de cidade grande em geral, somos muito mal-acostumados com meios de transporte. Assim, se um só resolve deixar o carro na garagem para ir de ônibus, realmente, faz muito pouca diferença para o trânsito e uma enorme demora para chegar ao destino. Mas se isso fosse a regra, não a exceção, já melhoraria consideravelmente para todo mundo, tenho certeza.
Quanto ao desleixo dos motoristas, não quero justificar nada, mas esse povo, acho que é o que tem o trabalho mais estressante de todos, não só por causa da demora do trânsito, mas pelos constantes altos ruídos a que são submetidos, o permanente risco de adentrar um bandido, a necessidade de sempre fazer hora-extra... digo isso porque conheço alguém que trabalha em medicina do trabalho, fazendo exames auditivos demissionais e eu vivia ouvindo esse tipo de caso.
(...)

Comentários meus publicados no Vi o Mundo e no Maria Frô.

Isso foi um diálogo. Suprimi as partes que, fora de contexto, atrapalhariam o bom entendimento. Essa supressão não causa sério prejuízo ao texto.

Satiagraha

Saiu no JB.
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/11/19/e191125327.html
Foi revelado o que todo mundo já sabia: o dr. Protógenes Queiroz foi afastado, saiu da Operação Satiagraha contra a vontade, e a gravação fora manipulada para aparentar ser de iniciativa própria. Espero que agora divulguem o áudio completo. Assim é a maior parte da imprensa: quando divulga o áudio, é só a parte que convém ao próprio interesse.
(...)

Comentário meu publicado no Conversa Afiada

CPMF

A CPMF era uma contribuição com função e data de validade definidas. Isso é certo. O que não quer dizer que ela não se tornaria eficaz e eficiente por outros motivos não pensados anteriormente, podendo ser adaptada por emendas ou outro meio. O problema é o preciosismo de engessá-la apenas dentro de sua concepção original, considerando-a estática. Note que a resposta se limita apenas ao motivo da sua criação e extinção, mas não entra no mérito dos benefícios que ela trouxe, quando bem usada. Se acabou tornando-se boa para outros fins, por que extinguiram-na radicalmente em vez de corrigir suas imperfeições?

Publicado meu publicado no antigo site do "Conversa Afiada". Hoje esse site está no ar em outro endereço, onde não se encontra mais o palpite acima. Assunto velho, mas esse assunto ainda deve voltar.

Sobre o Obama

Simpatizo com o Obama, torci pela sua eleição e torço para ele ser um ótimo presidente. Porém, sinto que a eleição dele devia ter sido mais representativa para os imigrantes do que para negros americanos em si. Pelo que me consta, Barack Obama não descende de escravos, mas de uma americana (ou estadunidense, como preferirem) branca e de um estrangeiro, queniano, e este parece não ter sido pobre em seu país, já que pôde estudar em universidade de "primeiro mundo". Portanto, o futuro presidente dos Estados Unidos deve não ter na sua ancestralidade as típicas histórias de sofrimento, suor, ingratidão e humilhação dos pretos nas Américas. Sem querer tirar o seu mérito, vendo por este lado, a sua educação e as histórias de família que ele ouviu em casa provavelmente não correspondem à idéia que se está fazendo dele. Fora essa observação, acho que foi bom saber que aquele povo mostrou forte predileção por um negro (mesmo que não ligado à escravidão) e ainda filho de estrangeiro.

Comentário meu publicado em: Vi o Mundo

Incrementando este espaço

A partir de hoje, vou publicar aqui os meus palpites em blogs internet afora.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Mea-culpa

Sou racista. Não acho bonito isso, mas eu sei que sou. Não que eu seja branquelo azedo. Não posso ser branco, porque sou brasileiro. Mas quando vejo um cara preto mal-vestido, sinto mais medo do que se fosse um branco mal-vestido. Certa vez, nos primeiros dias do meu primeiro emprego, quando não conhecia ninguém, tratei como faxineiro um professor universitário que, se não era meu chefe, ainda era hierarquicamente superior a mim. Diga-se que ele é um senhor muito respeitoso e simpático. Na minha juventude, nunca me senti atraído por uma negra do cabelo muito crespo, com lábio grande ou do nariz característico. Por essas e outras, confesso que, por mais que eu tente, sou racista, ou seja, o meu comportamento e meu pensamento são reprováveis quando se tratam de pessoas pretas. Não sou assim com japonês, nem com loiros, nem com índios, nem árabes. Só com pretos.

Quer dizer, racismo é terrível. O que eu faço é assombroso. Mas pelo menos estou tentando me redimir assumindo isso. Em regra, os não-pretos, pelo menos da minha geração pra antes, são racistas. Tem até preto que tem preconceito com pretos. Sou racista, mas gostaria de não ser. Mas é um negócio que já está integrado na minha criação: preto é pobre e, quando não está disponível para receber ordens minhas, está subtraindo algum utensílio ou dinheiro meu. E tem gente não-preto que diz que não tem nada com isso.

A riqueza do Brasil foi e é construída debaixo de sangue e suor de negros que vieram para cá sem pedir e sem saber por quê. Os europeus, até onde sei, só saquearam o que havia de mais acessível de valor. Hoje, poucas gerações após o fim da escravidão, o Brasil, apesar de seus altos e baixos, continua com bastante dinheiro. Só que os herdeiros são justamente os descendentes daqueles que saquearam o Brasil e o ônus ficou todo para os descendentes dos que construíram essa riqueza. E tem gente que diz que não tem nada com isso.

Cotas para negros em universidades e concursos públicos, fui radicalmente contra. Meus argumentos eram que isso só geraria mais preconceito e a qualidade dos estudantes e dos serviços ia cair. Hoje, vejo um país menos preconceituoso e com estudantes de universidade pública tão bons quanto os de antes e o serviço público também não piorou. Mas até hoje ouço aquela conversa sobre queda de qualidade. Consideremos que a houvesse: não seria justo facilitar o acesso a essas pessoas ao estudo de qualidade e gratuito e a sua inclusão no mercado de trabalho com boa remuneração? Os "brancos" e seus ancestrais são os principais responsáveis pela falta de condições e desmotivação que torna a condição social dos pretos inerte. Foi difícil para mim, como acho que é difícil para todo não-preto entender, compreender e conceber o fato de que o conforto dos clarinhos e a precariedade dos escurinhos de hoje têm a mesma injusta, terrível e desconcertante causa.

Ainda havia outros argumentos: a escola pública tem que ser de qualidade desde o ensino fundamental. Concordo e isso está faltando mesmo. Mas não exclui a validade de garantir os mesmos direitos aos mais velhos.

Os últimos argumentos são os mais pífios possíveis. Por usarem erroneamente fatos científicos para se justificarem, passam-se por consistentes: há trabalhos que dizem que não existem diferenças genéticas significativas entre o que chamamos de raças e, no Brasil, a mistura é tão grande que é impossível dizer da maioria se é mais preto ou menos preto. Eu digo que qualquer fato científico deve ser levado seriamente em consideração. Só que, em primeiro lugar, desconheço uma concepção biológica para raça. O conceito de sub-Espécie já é muito discutido, imagine-se, então, inventarem um táxon inferior a sub-Espécie? Com isso, para determinados casos, levar como científica uma concepção que não existe como única referência para tirar conclusões soa como irreal e não-prático. Sofista, até. Raça não é um fato biológico, portanto não se pode usar biologia para justificar sua existência ou inexistência. Mas raça é sim um fato histórico e um fato social. Nem precisamos entrar no mérito da conclusão de estudos genéticos entre as raças; raça é um fato étnico e, por que não?, geográfico. Quem não reconhece as diferenças físicas de um africano nativo e de um esquimó não merece ler o palpite de hoje. É assim, os biotipos são característicos e as características, evidentes. Não precisa de genética nenhuma para respaldar, refutar ou explicar isso. Também, ninguém precisa de um rastreamento genealógico brasileiro para dizer da maioria dos pretos, se eles de fato os são. Eles simplesmente são, tão reconhecivelmente como no caso anterior. Há sim os casos inconclusivos, mas esta é a exceção, e não a regra.

Atualmente, tenho visto alguns esforços publicitários para valorizar mais o preto. Isso é bom. Por causa disso, comecei a perceber a beleza das pretas, do lábio carnudo, do cabelo preto, da cor e da saúde da pele. Já tem até loira botando silicone na boca, fazendo penteados e esparramando debaixo de sol forte para ver se encara uma dessas. Também tenho visto outros pretos se dando bem na vida. Aquele ministro do STF, Dr. Joaquim Barbosa, com biografia que tem (que é muito mais importante que currículo) que o diga. Aquele cara é gênio e está coberto de razão nas suas causas dentro daquele ente.

Enfim. Sou racista, na pior concepção da palavra. Peço perdão a todos, por mim e pelos meus ancestrais europeus colonizadores, que cometeram outros erros, aliás. Esforço-me para me corrigir e quero pagar por esse comportamento. Os pretos merecem de todos os que se consideram não-pretos-nem-índios o esforço para reverter o preconceito e as deploráveis condições de vida que lhes proporcionaram.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Ausência

No meu trabalho, já reparei: as pessoas fazem aproximadamente de 30 a 35horas de trabalho semanais. E recebem por 40horas. Já eu, ando fazendo 45horas semanais de jornada de trabalho, no local mesmo (também recebo por 40horas). E ainda levo trabalho para casa. E não vou receber pela hora-extra, nem mesmo banco de horas. E não ocupo cargo de chefia.

Por isso a minha ausência aqui.

E aí? Faço o meu trabalho como os outros acham que devo fazer ou faço meu trabalho como os outros fazem?

Quando isso passar, volto a escrever palpites com mais carinho.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Palpite excluído por não estar de acordo com o novo padrão de qualidade deste blog


Para compensar vou colocar uma pintura de riso feita por mim aqui.



O blog tira bastante da resolução. Então, você pode acessar o original aqui.

Fiz às pressas, então não ficou dos melhores.

Atualizado em 18/3/2009
Reatualizado em 19/3/2009

domingo, 5 de outubro de 2008

Santinhos do pau-oco

Na madrugada de ontem para hoje, dia de eleições municipais, vi uma coisa muito feia. Passou uma moto com dois elementos, na frente de uma escola. O da garupa passou, na maior cara-de-pau, literalmente arremessando para cima vários punhados de "santinhos". Para deixar espalhado no chão mesmo.

Bateu uma revolta, na hora! O pior é que eu saí desse bairro para outro e testemunhei novamente essa sujeira, só que sem moto. Ainda, mais tarde, antes de voltar para casa, vi provas de que isso aconteceu a noite inteira em vários locais de votação!

Prometendo arrumar, melhorar a cidade, esses candidatos têm primeiro que sujá-la? É muito revoltante! O pior é que a maioria dos que serão eleitos fizeram isso. E isso, porque nem falei que a propaganda já estava no período proibido. Os tribunais eleitorais deveriam exercer um tipo de "tolerância zero" com candidatos que aparecem nas fotos desse lixo no dia de eleição. Ou , se não forem eles realmente os culpados, com os candidatos que permitem isso.

Cargos eletivos deveriam ser não-remunerados, porque assim a função representativa seria mais exercida por vocação e por pessoas mais bem-intencionadas. Pelo menos no nível municipal isso deveria ser tentado (utopia...)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Dia de sorte

Hoje recebi duas correspondências avisando que eu seria um finalista de um concurso que premiaria com R$65mil. Foi assim: chegou uma carta sem falar direito de onde era, mas num envelope e papel finos. Avisava para eu prestar atenção nos sinais, porque eu poderia ser o ganhador do prêmio. Depois, li a outra correspondência, com material ainda mais caro, cheinho de "coisas" dentro. Vou tentar lembrar a ordem:

- vinha um adesivo em forma de chave com um código. No verso do papel em que vinha esse adesivo pedia para que eu conferisse em outro papel a que prêmio o código correspondia. Eu tinha que colar essa chave nesse papel. Tinha lá três carros. E eu podia escolher entre o carro ou o valor em dinheiro! Um popular, de uns R$30mil; um mais sofisticado, de uns R$50mil e um carrão, de R$65mil. Adivinhem a qual carro minha chave correspondia...

- vinha outro papel "interativo". Uma raspadinha, instruindo que eu poderia ganhar de um a três prêmios: um de R$30mil, um de R$50mil e um de R$65mil. Seriam os carros? Se eu encontrasse uma estrelinha embaixo da raspadinha, eu ganharia um prêmio; se achasse duas estrelinhas, dois prêmios, e, se achasse três estrelinhas, três prêmios. Eu nem ia raspar, porque já pressentia quantas estrelinhas vinham. Mas resolvi raspar assim mesmo, só por diversão;

- também encontrei uma carta destinada para o meu nome completo, "assinada" pelo Édson Celulari, falando um monte de coisas que me motivaram mais ainda a acreditar na minha sorte;

- depois, dois envelopes: uma com a resposta "sim". Ou seja, eu aceitaria participar da promoção. a outra, com a resposta "não", ou seja, eu não aceitaria. Não entendi este último envelope...

- pra finalizar, um papel chique, dizendo que eu fora um dos 2% da minha região selecionados para enviar meus dados e escolher quais seriam as condições de assinatura de uma revista super-exclusiva, VIP, fodona, que eu nunca vi, e que, assim, inscrever-me-ia na promoção.

Quase que eu enviei o envelope "não".

Mas desisti e resolvi rasgar tudo.

sábado, 27 de setembro de 2008

TVs de Plasma da Philips estão dando defeito grave

Atenção compradores de TV de Plasma Philips. Esse tipo de TV da Philips está estragando com mais ou menos um ano e o conserto sai por nada menos que R$900,00.

Quem comprou uma TV dessa e ainda não teve problemas, cuide dela com carinho e se prepare para passar raiva. Isso aconteceu comigo. Só para se ter noção da minha revolta, posso dizer que paguei mais ou menos R$8,00 ao dia para usufrir da TV, desde o dia em que ela chegou em casa até o dia em que ela queimou. R$8,00 por dia durante um ano e oito meses!!! Isso, contando com os dias que em que não liguei a TV! E ainda querem que eu pague mais R$900,00!

E o comportamento do atendimento ao consumidor chega a ser desrespeitoso, não cumprindo combinados, fazendo propostas que atentavam contra a minha inteligência e protelando ao máximo alguma resolução. Aliás, ainda não resolvi o caso.

Pesquisando brevemente na internet, já conheci inúmeros outros casos exatamente iguais aos meus.

A Philips anda se vangloriando de ter a "melhor imagem" de TVs HD, segundo suposta pesquisa. Só não pode avisar que o nível de satisfação não deve estar acompanhando a suposta aprovação de imagem.

O presidente da Philips, Paulo Zottolo, é aquele que ignora a existência do Piauí e achava que todos brasileiros não-piauienses também deviam ignorar. Também foi o líder daquele fracassado e ridicularizado movimento "Cansei".

Lembro que numa das propagandas, o movimento se dizia "cansado" de gente que só queria se dar bem, pessoas que não ficavam indigandas... teve uma entrevista na Folha (com o atalho logo ali embaixo) que ele complementa as minhas lembranças. Percebam a ironia.

Proponho um boicote aos produtos Philips. Pelo menos na minha casa, Philips/Walita não entram mais.

Algumas reclamações: ForumNow, Reclame Aqui, HTForum

Entrevista com Paulo Zottolo

terça-feira, 1 de abril de 2008

Hoje tava folheando uma revista do começo de fevereiro (quando ainda se falava timidamente da dengue, porque o foco era a tal da febre amarela) e me chamou a atenção uma reportagem sobre a baixíssima popularidade do César Maia no Rio. Ainda hoje, contrastando com isso, eu li na internet sobre o recorde de popularidade do Lula. Acho que fica claro aonde quero chegar: Abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Desculpem voltar a um assunto morto, mas aquelas vaias ao Presidente e aplausos ao prefeito realmente refletiam a opinião da maioria da população presente? Ou pelo menos refletiam a eficiência da gestão de cada um? Não moro no Rio, nem sou carioca. Não pretendo dar palpite sobre a cidade do Rio ainda. Mas é bem estranho menos de meio ano depois do fatídico episódio (que só poderia ter acontecido no Rio mesmo - ou em São Paulo, acho) duas pesquisas de opinião de renomados institutos de pesquisa de direita demonstrarem que seria muito mais provável o carioca vaiar o "democrata" e aplaudir o Presidente. Na época eu fiquei indignado com esse comportamento, não porque eu não gosto do PFL, mas porque achei uma grande falta de respeito com o nosso chefe de governo, seja Lula, fosse o Betinho, fosse o Collor. Não consigo conceber o motivo de o carioca vaiar quem ele estatisticamente aprova e de aplaudir quem ele rejeita - e os jornais ainda concordarem.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Democracia participativa

Estou com essa expressão na cabeça. Acho que é uma maneira mais direta de participação popular nas decisões políticas do país. O povo vota diretamente em certas leis, em vez de apenas delegar a função ao legislativo. Não sei a viabilidade de isso acontecer, mas me parece mais justo. Imaginem se pudéssemos votar o aumento no salário de suas Excelências? No aumento de verbas indenizatórias, ou de quaisquer benefícios... quanto tempo ficariam congelados? Meu palpite é de que tudo a que se referisse a perdas e ganhos de benefícios das Excelências originárias de todas as esferas do poder político brasileiro só pudesse ser deliberado pela vontade popular. Aí entrariam chefes do executivo e judiciário também, com todos os seus subordinados políticos. Ia ser bão demais. Por enquanto, só em palpite mesmo...

quarta-feira, 5 de março de 2008

Mudança de hábito

Descobri que vou ter que postar palpites mais curtinhos, sob pena de nunca conseguir entrar aqui. Você que está com a vida ganha vai ter que entender a vida corrida deste pobre trabalhador desacostumado com as rotinas internéticas.

Sobre jornais

Não sou jornalista, mas gosto da profissão. Acho nobre a função de informar e analisar criticamente fatos e declarações importantes. Porém, no Brasil, ser jornalista é a autorização para falar bobagens e se passar por inteletual, politizado, informado e o caralho a quatro. É o título que se ostenta para poder criticar qualquer um ou puxar o saco de quem lhe convém. Usa-se a liberdade de expressão para prejudicar uns e favorecer outros. Claro, nunca com fundamento.

Por ser uma área que se permite não-científica é que há tantos erros voluntários ou não. Digo, um médico só deve dar um diagnóstico quando ele tem certeza absoluta daquele patógeno. Um engenheiro só executa um projeto que absolutamente funcionará daquele jeito imaginado. Juiz só dá o veredicto de julgamentos debaixo de vários princípios e leis exaustivamente doutrinados e estudados, esgotando-se as possibilidades de má interpretação para cada caso específico. Um pianista precisa treinar o suficiente para não cometer nenhum erro na execução de uma partitura já finalizada. Até especuladores têm obrigação de acertar! Por que então essa permissão ou conivência com jornalista que veicula notícia e declarações fora de contexto; omite fatos relevantes numa reportagem; denuncia um fato que ele mesmo não buscou entender a fundo; faz traduções porcas; plagia textos; diz que os times que têm mais chance de ganhar o campeonato brasileiro é um do Rio e um de São Paulo, já nas primeiras rodadas; condena seus adversários políticos e desculpa seus aliados pelo mesmo motivo; não ouve mais de uma parte da mesma história e, quando ouve, já o faz ironizando ou pelo menos tendendo a apontar as inconsistências da parte que sua matéria se propõe contra? ...ufa! Para a maioria dos jornalistas, ninguém tem direito de errar - exceto ele próprio. O problema é que jornalista erra sabendo o que é certo. Recentemente descobri que existe até um manual da redação para jornalista. Recomendo os comentários de um cara que tomei conhecimento (pelo blog do Paulo Henrique Amorim) antes de postar o atual comentário. Ele fala só da Folha (jornal que nem leio assiduamente), mas serve pra demonstrar o que eu estou dizendo.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Windows Vista

Quando um novo Sistema Operacional é lançado, sempre vêm as críticas sobre a exigência que ele faz da máquina, que torna tudo lerdo e o anterior era bem melhor. Com o Windows XP também foi assim. Mas este Vista... tá abaixo da crítica! Estou digitando no safe mode, porque de ontem para hoje, ele já travou do nada algumas vezes.

Não sei se é problema do Firefox ou de outro programa, só sei que quando ele trava um, vai travando tudo aos pouquinhos. Já passei antivirus e tudo mais, continua dando pau.

Ainda não testei nenhuma distribuição Linux. Estou a procura de uma que aceite a resolução 1200 x 800 e 64bit de processador dual core. Aceito palpites.

Igreja Moderninha

É a terceira vez que acontece: hoje, passando perto de um palácio da Igreja Universal, recebi de graça (e muito respeitosamente, diga-se) de um de seus contribuintes (ou algo parecido) a "Folha Universal", jornal da entidade/empresa (no. 828 desta semana). Na página 4, matéria de cima: "Lei do aborto acirra embate entre governo e Igreja Católica". De forma alguma pretendo defender o Catolicismo aqui, muito longe disso. Li superficialmente e vi que a matéria mantém o tom isento. Nada mais justo. Só achei estranho o fato de uma religião apontar o dedo para outra sobre um tema que eu imaginava ela também defender. Diga-se ainda: como não poderia ser diferente, o jornal faz várias matérias em favor da IURD. Por que então essa matéria resolveu ser "imparcial" e não se incluiu na briga?

Os outros dois casos:

Da última vez, logo na primeira página, havia escrito algo assim: Uso de pílula ajuda a reduzir o risco de Aids. Em menos de dez segundos agora, pensei em umas três ironias, mas não é o meu foco no momento. Se ajuda a reduzir o risco de SIDA, então, tomai pílulas regularmente e metei! Podem dar à vontade, mulheres (homem dar por enquanto não, porque até onde eu sei homoafetividade ainda não pode, mas, como podem ver, ando me surpreendendo com essas coisas...)

E da primeira, o jornal dizia qualquer coisa sobre evidências da evolução a partir dos fósseis. Uma igreja evangélica reconhecer, aceitar, concordar e ainda divulgar teorias darwinistas para mim é nova. E o mundo criado em 6 dias, o mundo com pouco mais de 6mil anos de idade, Adão e Eva, Torre de Babel, Arca de Noé e tantas outras certezas?

Será que no mesmo momento em que o Papa volta atrás sobre algumas posições, digamos, mais modernas, o Edir Macedo está aproveitando o espaço para se atualizar? Acho essa uma ótima estratégia de marketing para quebrar preconceitos por igrejas evangélicas - mais ainda esta, tão polêmica. Tudo bem, está no direito.

Reforma ortográfica

Nunca tive simpatia por essa idéia. Não por conservadorismo, nem por patriotismo. Mas por questões práticas mesmo. Digo, qualquer coisa é válida para facilitar a comunicação e a compreensão entre os interlocutores de qualquer lugar, qualquer tempo, sejam nações diferentes, séculos diferentes, profissões diferentes, partidos diferentes, Espécies biológicas diferente, planetas diferentes ou mesmo gêneros diferentes. Mas isso aí que estão propondo, não sei se era necessário não.

Mudaram-se regras de acentuação, hífen e retiraram algumas letras de certas palavras. Ah, e o trema! Resumidamente é isso. Tudo para unificar a língua e tornar mais difícil para todo mundo em vez de para só um país.

Agora meu amigo véio é amigo veio. Véio é diferente de velho. Como vão entender isso lá em Portugal? Não resolveu.

Muito pelo contrário agora pode ser o cabelo do braço penteado para o lado oposto ao sentido que nasce.

Agora minha lingüiça vai parecer carro, porque é linguiça.

Não estranhem se arguem aparecer no meio do texto falando caipirês. Não é caipirês. É o texto argüíndo (não é mais assim) a sua atenção com essas regras novas.

Em compensação, lá em Portugal, eles não vão poder mais accionar a adopção de letras não pronunciadas.Que óptima vitória para a ortografia brasileira!

Este último parágrafo deu pra entender, não deu? Pra uma besteira dessa precisa unificar a ortografia? Não me parece que vai contribuir para melhor comunicação entre as nações. Aliás, o que dificulta nunca foi a ortografia. O que dificulta é o próprio sentido das palavras. Ecrã, por exemplo, em Portugal, é monitor no Brasil. Lá não existe verbo ventar. Alguns termos pejorativos aqui são usados com naturalidade lá. Deve acontecer o oposto também. E como unificar isso? Impossível! Se dentro do Brasil, quem sabe o que é sinal às vezes não entende o que é sinaleira ou farol! Bolacha e biscoito em alguns lugares são a mesma coisa; noutros, podem ter alguma diferença e noutros mais, simplesmente não têm nada a ver.

Por isso, essa reforma é inócua e só traz complicação pra todo mundo. Como não podem unificar o sentido das palavras, inventaram de mudar alguma coisa, qualquer coisa. No caso, a ortografia. Pois, deixem cada um com seus modismos e regionalismos, porque a evolução é natural e não vai parar por intervenções quaisquer.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Apresentação II

Dando continuidade ao processo de reconhecimento da área, segue a segunda parte da apresentação deste espaço e seu autor:

Meu nome é José Cabudo. Não tenho senso de humor, não tenho posição política bem definida. Só não gosto do PFL e extremismos.

Não sou rico, mas depende do contexto.

Minhas frases são curtas e nem sempre têm relação com a imediatamente anterior. E às vezes parece que não têm, mas têm. Depende do contexto. Pode faltar coerência e coesão, não estou preocupado com isso. Às vezes escrevo frases longas, mas aí é quando eu tô abusando do que sei, pra disfarçar o que não sei. Não caiam nessa.

Sou claro, objetivo, prático, direto, atravessado, ríspido, grosseiro, ignorante e às vezes agressivo.

Gosto de música de velho, economia, tecnologia, palavrão, política, carros, ciências, parênteses (lendo meus textos, vai dar pra perceber), questões sociais, mulher e futebol. Mas não sou bom entendedor de nada disso. Sou palpiteiro. Erro mais do que acerto, sempre. Não direi de que time sou torcedor.

Odeio moda, medicina alternativa, coisas alternativas (a não ser que sejam soluções práticas alternativas), TV, fofocas, PFL, bichices, discriminações injustas, viagens na maionese, ofensas (gratuitas ou não). Hoje é isso. Outro dia escrevo mais.

(Atualizado dia 18/3/2009)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Apresentação

Olá,

este é o seu Palpite do Dia. Se eu fundasse um jornal, ele teria esse nome. Mas como não tenho recursos para isso, fui de internet mesmo.

Aqui você vai encontrar opiniões sobre qualquer baboseira , das quais eu não necessariamente entenderei; num português mais ou menos inculto, mas, pelo menos, decifrável. Este espaço não se pretende dedicado ao humor, como pode parecer ao eventual leitor. Está mais para autocrítico desleixado. Este espaço, não o leitor.

Pretende-se, isso sim, isento. Surgiu da vontade de expressar as bobagens diárias que a gente pensa (mas guarda) sobre qualquer coisa que viu na rua, no trabalho, em casa, no ônibus ou ficou sabendo pela família, amigos, TV, rádio ou internet mesmo. Expressão essa despida de interesses partidários, comerciais, amorosos, futebolísticos, religiosos, ideológicos e o escambau.

Parodiando o conhecido ditado sobre conselhos: se palpite fosse bom, ninguém pedia para dar. Isso dá slogan. Mas aqui palpite sempre é bom. Estou fornecendo palpites sem pedir e sem ninguém ter que rejeitar. Lê quem quiser e todos são bem-vindos. Inclusive, já estou aceitando palpites também.