Pois é. Não adianta apenas aumentar a quantidade de servidores públicos. Tem que melhorar as condições de trabalho e, principalmente, oferecer um salário JUSTO. Não um salário para ficar rico, mas uma remuneração que condiga com a formação profissional, com a complexidade (e volume) do trabalho exercido. Um salário, no mínimo, equiparável ao do setor privado.
Nos serviços públicos estaduais e municipais, quem não é formado em direito, nem em medicina, tem a sensação de que toda mudança é ocasionada em prejuízo de si, faltando critério, isonomia e transparência para se manter condições razoáveis de trabalho.
Daí, aquela antiga impressão (verdadeira) de que o serviço público no Brasil é precário. Vide a desmotivação de servidores de setores públicos que deveriam ser considerados importantes. Secretarias de saúde dos estados, para começar. Ou segurança pública, meio ambiente, educação... Exemplos não faltam.
Para medir o tamanho e eficiência da máquina pública no Brasil, deveria também ser feito um cálculo quantitativo e qualitativo dos gastos com as necessidades básicas do povo, contrapondo-as a investimentos menos relevantes. Posso apostar que gasta-se mais dinheiro só com empreiteiras do que com meio ambiente. Mais dinheiro para pagamento de benefícios de juízes do que com o sistema carcerário. Mais intervenções legislativas em benefício das mineradoras do que em melhoramento de programas de saúde pública. Mais políticas de urbanização em áreas "nobres" do que em favelas.
Comentário publicado no Vi o Mundo, no dia 4 de abril de 2009.
Nos serviços públicos estaduais e municipais, quem não é formado em direito, nem em medicina, tem a sensação de que toda mudança é ocasionada em prejuízo de si, faltando critério, isonomia e transparência para se manter condições razoáveis de trabalho.
Daí, aquela antiga impressão (verdadeira) de que o serviço público no Brasil é precário. Vide a desmotivação de servidores de setores públicos que deveriam ser considerados importantes. Secretarias de saúde dos estados, para começar. Ou segurança pública, meio ambiente, educação... Exemplos não faltam.
Para medir o tamanho e eficiência da máquina pública no Brasil, deveria também ser feito um cálculo quantitativo e qualitativo dos gastos com as necessidades básicas do povo, contrapondo-as a investimentos menos relevantes. Posso apostar que gasta-se mais dinheiro só com empreiteiras do que com meio ambiente. Mais dinheiro para pagamento de benefícios de juízes do que com o sistema carcerário. Mais intervenções legislativas em benefício das mineradoras do que em melhoramento de programas de saúde pública. Mais políticas de urbanização em áreas "nobres" do que em favelas.
Comentário publicado no Vi o Mundo, no dia 4 de abril de 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário