Impressionante como as pessoas usam o carro como um prolongamento do corpo. Algumas pessoas dizem que quem homens compram carros de luxo quando querem compensar o tamanho do pirú. O que eu acho uma grande bobagem. Já andei lendo que quem realmente se importa com tamanho do membro são os gays. Algumas mulheres até gostam, mas é uma minoria.
Algumas pessoas libertam seu alter-ego ao volante. Não só os homens. Dirigem agressivamente, como se estivessem se exibindo para os outros motoristas, fecham a passagem dos outros carros, como se a ultrapassagem fosse um tipo de subjugação, buzinam prolongadamente, como se quisessem mandar o outro motorista à puta que o pariu, tratam motoqueiros como se todos eles fossem igualmente imprudentes, a escória do trânsito
Geralmente esse tipo de direção agressiva não adianta mais do que uns poucos minutos, mesmo em viagens longas. A pessoa corre, se arrisca, a risca a vida dos outros, para ganhar alguns instantes na chegada. Coisa de gente atrasada.
Impedir a ultrapassagem é o mais comum. É raro alguém ter a gentileza de dar a passagem numa situação corriqueira de engarrafamento. É como se a outra pessoa tivesse cortado caminho por fora e quisesse aproveitar-se da ingenuidade do motorista mais trouxa. Quer dizer, isso pode até acontecer mesmo, um mais pilantra se enfiar na frente de uns trinta carros parados, que ele ultrapassou pelo acostamento. Mas esse é o caso de direção agressiva.
E a buzina? Já vi, várias vezes, vários carros juntos buzinando por causa de trânsito parado em razão de uma colisão ou um atropelamento. É o típico caso que ilustra a expressão "muito barulho por nada". A pessoa dá aquela buzinada, para soltar os cachorros e contamina todos os cidadãos , num raio de uns 150 metros, com sua raiva. E não tá nem aí se tem hospital, escola, creche perto. A buzina chega ser um instrumento para demonstrar o tamanho do seu egocentrismo, no meio de um sistema do qual ele apenas faz parte, mas se sente o proprietário. Já ouvi uma piada sobre buzina. É assim: qual é o cúmulo do lapso temporal? É o período entre o semáforo abrir e a primeira buzina soar. Mais ou menos isso. Na hora teve graça.
Ultimamente, a minha antipatia pela buzina tem crescido. Não que a buzina seja desnecessária. Ela tem sua razão de existir e eu a vejo como um instrumento de comunicação no trânsito. Porém, no trânsito, não se comunica de forma civilizada. Aliás, o trânsito, é como se fosse outra civilização, dentro da cidade, com suas próprias regras de contato, odores, socialização, acasalamento... a buzina devia ser usada para dar alertas ligeiros e apenas com um toque. Aliás, ela já devia vir de fábrica programada para não se prolongar além desse toque. Absolutamente não há necessidade de uma buzina prolongada. Do jeito que se usa a buzina, ela só serve para demonstrar e gerar irritação.
Se eu pudesse, eu reformularia as leis de trânsito. Tolerância zero.
Quem der uma buzinada prolongada pega uma multa leve. Se for reincidente, leva uma multa mais pesada e tem a buzina apreendida. Se for pego pela terceira vez, leva uma multa pesada e tem o carro inteiro apreendido.
O chão seria de uso exclusivo do pedestre. A maneira natural de se locomover é com os pés e esse devia ser o modo preferencial. O asfalto seria como um espaço implicitamente outorgado pelo pedestre aos veículos motorizados. Assim, seria como no Japão: o pedestre pisou na rua, o motorista é obrigado a parar. Pisando o asfalto, o pedestre avocaria sua propriedade sobre o chão, obrigando o automóvel a ceder o direito de uso. As faixas serviriam apenas para organizar a passagem dos pedestres, mas não teriam obrigatoriedade de uso (como, aliás, já não têm, pelo menos na prática).
Teriam preferência no trânsito, nesta ordem:
1- Veículo oficial do Presidente;
2- veículos oficiais de chefes do poder executivo dos Estados e Distrito Federal;
3- veículos militares, apenas em caso de guerras declaradas;
4- ambulâncias com a sirene ligada;
5- bombeiros com a sirene ligada;
6- polícia com a sirene ligada
7- animais (porque, em geral, eles não sabem atravessar a rua)
8- pedestres (porque, em geral, eles deviam saber atravessar a rua);
9- bicicletas (meio de transporte que não emite poluentes, com seu uso);
10- ônibus (melhor relação combustível/passageiro);
11- caminhões (veículo de trabalho);
12- motocicletas (segunda melhor relação combustível/passageiro);
13- carros.
Eu também implantaria o rodízio em todas as cidades. Já tenho até um esquema pronto. Dividir-se-iam as placas em cinco faixas iguais, que podem ser quaisquer umas. Eu adotei as terminadas em 0 e 1; 2 e 3; 4 e 5; 6 e 7; e 8 e 9. Mas pode ser de qualquer jeito.
Cada faixa de carros estaria proibida de andar pela rua em um dia úitl da semana.
O tempo do rodízio valeria sempre de 6h30min às 9h30min e de 18horas às 21horas.
E o espaço do rodízio seria predeterminado, por exemplo: em toda a área central e hospitalar da cidade, mais as principais vias.
Estariam imunes ao rodízio: os veículos oficiais dos chefes dos poder executivo (leia-se presidente, governador e prefeito), ambulância, viaturas, carros de bombeiros e ônibus coletivos. Até aí, é óbvio. No entanto, também estariam imunes as motocicletas e os carros com pelo menos três passageiros, além do motorista. Isso incentivaria as pessoas a serem mais gentis e darem carona à pessoa que mora ao seu lado e vai para o mesmo lugar que elas. Incentivaria também o uso do transporte público.
Falando em incentivo ao transporte público, além dessas regras, tenho outra idéia. Acho que deveria haver duas datas no ano, para lembrar o problema do trânsito. Na primeira data, o transporte público funcionaria de graça, por 24horas. Poderia ser subsidiado ou qualquer coisa. Mas que fosse de graça, para o máximo possível de pessoas usarem-no, liberando as ruas dos carros. Assim, nesse dia as pessoas chegariam mais rápido ao seu destino cotidiano sem passar raiva, sem demorar. Pessoas diferentes, de origens diversas, rendas, opiniões, opção partidária, orientação afetiva, roupas, tudo diferente, sentadas (ou em pé) lado a lado, como iguais. E não dentro de uma cápsula móvel, com toda a privacidade e falta de contato humano, onde não têm o menor pudor para xingar, tirar meleca, peidar fedendo, exercitar seu autismo... e o mais importante, liberando o trânsito, principalmente dos seus egocentrismos.
E o segundo dia, seria o contrário. Seria uma espécie de folga para os maquinistas, motoristas e trocadores. Não haveria transporte público durante um tempo. 6horas, 12horas, talvez e com estacionamento rotativo liberado. Para lembrar a importância de se usá-lo. Para tirar todos os carros da garagem, deixando o trânsito insuportável a ponto de reclamar da falta dos ônibus, tão xingados nos dias normais. Esse segundo dia é mais injusto com quem não dispõe de veículo próprio. Por isso, não poderia ser o dia inteiro.
Seria chamado "o dia da buzina". Se bem que ficaria melhor: "'ódio da buzina".
Algumas pessoas libertam seu alter-ego ao volante. Não só os homens. Dirigem agressivamente, como se estivessem se exibindo para os outros motoristas, fecham a passagem dos outros carros, como se a ultrapassagem fosse um tipo de subjugação, buzinam prolongadamente, como se quisessem mandar o outro motorista à puta que o pariu, tratam motoqueiros como se todos eles fossem igualmente imprudentes, a escória do trânsito
Geralmente esse tipo de direção agressiva não adianta mais do que uns poucos minutos, mesmo em viagens longas. A pessoa corre, se arrisca, a risca a vida dos outros, para ganhar alguns instantes na chegada. Coisa de gente atrasada.
Impedir a ultrapassagem é o mais comum. É raro alguém ter a gentileza de dar a passagem numa situação corriqueira de engarrafamento. É como se a outra pessoa tivesse cortado caminho por fora e quisesse aproveitar-se da ingenuidade do motorista mais trouxa. Quer dizer, isso pode até acontecer mesmo, um mais pilantra se enfiar na frente de uns trinta carros parados, que ele ultrapassou pelo acostamento. Mas esse é o caso de direção agressiva.
E a buzina? Já vi, várias vezes, vários carros juntos buzinando por causa de trânsito parado em razão de uma colisão ou um atropelamento. É o típico caso que ilustra a expressão "muito barulho por nada". A pessoa dá aquela buzinada, para soltar os cachorros e contamina todos os cidadãos , num raio de uns 150 metros, com sua raiva. E não tá nem aí se tem hospital, escola, creche perto. A buzina chega ser um instrumento para demonstrar o tamanho do seu egocentrismo, no meio de um sistema do qual ele apenas faz parte, mas se sente o proprietário. Já ouvi uma piada sobre buzina. É assim: qual é o cúmulo do lapso temporal? É o período entre o semáforo abrir e a primeira buzina soar. Mais ou menos isso. Na hora teve graça.
Ultimamente, a minha antipatia pela buzina tem crescido. Não que a buzina seja desnecessária. Ela tem sua razão de existir e eu a vejo como um instrumento de comunicação no trânsito. Porém, no trânsito, não se comunica de forma civilizada. Aliás, o trânsito, é como se fosse outra civilização, dentro da cidade, com suas próprias regras de contato, odores, socialização, acasalamento... a buzina devia ser usada para dar alertas ligeiros e apenas com um toque. Aliás, ela já devia vir de fábrica programada para não se prolongar além desse toque. Absolutamente não há necessidade de uma buzina prolongada. Do jeito que se usa a buzina, ela só serve para demonstrar e gerar irritação.
Se eu pudesse, eu reformularia as leis de trânsito. Tolerância zero.
Quem der uma buzinada prolongada pega uma multa leve. Se for reincidente, leva uma multa mais pesada e tem a buzina apreendida. Se for pego pela terceira vez, leva uma multa pesada e tem o carro inteiro apreendido.
O chão seria de uso exclusivo do pedestre. A maneira natural de se locomover é com os pés e esse devia ser o modo preferencial. O asfalto seria como um espaço implicitamente outorgado pelo pedestre aos veículos motorizados. Assim, seria como no Japão: o pedestre pisou na rua, o motorista é obrigado a parar. Pisando o asfalto, o pedestre avocaria sua propriedade sobre o chão, obrigando o automóvel a ceder o direito de uso. As faixas serviriam apenas para organizar a passagem dos pedestres, mas não teriam obrigatoriedade de uso (como, aliás, já não têm, pelo menos na prática).
Teriam preferência no trânsito, nesta ordem:
1- Veículo oficial do Presidente;
2- veículos oficiais de chefes do poder executivo dos Estados e Distrito Federal;
3- veículos militares, apenas em caso de guerras declaradas;
4- ambulâncias com a sirene ligada;
5- bombeiros com a sirene ligada;
6- polícia com a sirene ligada
7- animais (porque, em geral, eles não sabem atravessar a rua)
8- pedestres (porque, em geral, eles deviam saber atravessar a rua);
9- bicicletas (meio de transporte que não emite poluentes, com seu uso);
10- ônibus (melhor relação combustível/passageiro);
11- caminhões (veículo de trabalho);
12- motocicletas (segunda melhor relação combustível/passageiro);
13- carros.
Eu também implantaria o rodízio em todas as cidades. Já tenho até um esquema pronto. Dividir-se-iam as placas em cinco faixas iguais, que podem ser quaisquer umas. Eu adotei as terminadas em 0 e 1; 2 e 3; 4 e 5; 6 e 7; e 8 e 9. Mas pode ser de qualquer jeito.
Cada faixa de carros estaria proibida de andar pela rua em um dia úitl da semana.
O tempo do rodízio valeria sempre de 6h30min às 9h30min e de 18horas às 21horas.
E o espaço do rodízio seria predeterminado, por exemplo: em toda a área central e hospitalar da cidade, mais as principais vias.
Estariam imunes ao rodízio: os veículos oficiais dos chefes dos poder executivo (leia-se presidente, governador e prefeito), ambulância, viaturas, carros de bombeiros e ônibus coletivos. Até aí, é óbvio. No entanto, também estariam imunes as motocicletas e os carros com pelo menos três passageiros, além do motorista. Isso incentivaria as pessoas a serem mais gentis e darem carona à pessoa que mora ao seu lado e vai para o mesmo lugar que elas. Incentivaria também o uso do transporte público.
Falando em incentivo ao transporte público, além dessas regras, tenho outra idéia. Acho que deveria haver duas datas no ano, para lembrar o problema do trânsito. Na primeira data, o transporte público funcionaria de graça, por 24horas. Poderia ser subsidiado ou qualquer coisa. Mas que fosse de graça, para o máximo possível de pessoas usarem-no, liberando as ruas dos carros. Assim, nesse dia as pessoas chegariam mais rápido ao seu destino cotidiano sem passar raiva, sem demorar. Pessoas diferentes, de origens diversas, rendas, opiniões, opção partidária, orientação afetiva, roupas, tudo diferente, sentadas (ou em pé) lado a lado, como iguais. E não dentro de uma cápsula móvel, com toda a privacidade e falta de contato humano, onde não têm o menor pudor para xingar, tirar meleca, peidar fedendo, exercitar seu autismo... e o mais importante, liberando o trânsito, principalmente dos seus egocentrismos.
E o segundo dia, seria o contrário. Seria uma espécie de folga para os maquinistas, motoristas e trocadores. Não haveria transporte público durante um tempo. 6horas, 12horas, talvez e com estacionamento rotativo liberado. Para lembrar a importância de se usá-lo. Para tirar todos os carros da garagem, deixando o trânsito insuportável a ponto de reclamar da falta dos ônibus, tão xingados nos dias normais. Esse segundo dia é mais injusto com quem não dispõe de veículo próprio. Por isso, não poderia ser o dia inteiro.
Seria chamado "o dia da buzina". Se bem que ficaria melhor: "'ódio da buzina".
Nenhum comentário:
Postar um comentário