Um dos sites que uso com razoável freqüência para me informar e formar minhas opiniões sobre política é o Conversa Afiada, mantido pelo jornalista Paulo Henrique Amorim. PHA, como costumam chamar seus leitores, tem posições políticas notoriamente esquerdistas. Para exemplificar, um dos políticos que ele cita com mais freqüência e apreço é o Leonel Brizola.
No site, PHA critica fortemente setores da imprensa, que foram apelidados por ele mesmo como Partido da Imprensa Golpista, ou PiG, com "I" minúsculo mesmo, em referência ao portal iG, com o qual teve o contrato desfeito de supetão. As críticas mais evidentes ao que ele e seus seguidores chamam de PiG, são os métodos parciais e interesseiros aliados a um critério estritamente ideológico para esses canais, jornais e revistas noticiarem o que consideram relevante.
Diante dessa situação, ele pretende fazer um contra-ponto ao partidarismo velado do setor dominante (economicamente) da mídia brasileira, sobretudo a Veja, a Folha de São Paulo e as organizações Globo. Como está claro neste texto, eu concordo com ele. Eu também percebo uma forte tendência desses veículos de comunicação em condenar, com base em qualquer vestígio, as desonestidades e ou outros comportamentos reprováveis do PT, PC do B, PSol, por exemplo. Contrariamente, o tratamento dispensado a partidos como PSDB, PFL, PTB é de um paizão para o filho, sempre desculpando as falcatruas ou mesmo ignorando fatos que podem prejudicar a imagem de seus políticos. Isso para mim está muito claro.
Então, na minha modesta opinião, acho mais ou menos justo que um jornalista mais alinhado à esquerda queira balancear essa equação, expondo todos os podres dos mais influentes políticos da direita. Além disso, ele não esconde um ódio especial, e justificado, por certas figuras conhecidas no meio político e econômico. De posse dessas informações, eu me vacino contra alguns revanchismos dele e vou à leitura, porque acho que, apesar de saber que ele está contando deliberadamente apenas uma versão da história, não posso negar que ele diz verdades que estão desesperadas para serem ditas.
Assim, hoje, o Conversa Afiada publicou uma entrevista com jornalista Altino Machado, sobre uma pergunta, digamos expositiva, que este fez ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, o Ministro Gilmar Mendes. Resumidamente, o caso é que, em uma entrevista anterior, o repórter Altino questionou a condição do ministro de grande proprietário de terras, quando condena mortes provocadas por participantes do Movimento dos Sem-Terra e é omisso em se tratando de assassinatos promovidos por latifundiários com terras invadidas. Isso fez o ministro reagir, primeiro, com certa grosseria, e, mais tarde, valendo-se de seu poder, com medidas repressivas ao repórter. Querendo munir-se de mais fatos que comprovem o comportamento ditatorial e a falta de reputação ilibada de Gilmar Mendes, PHA fez a tal entrevista. Contudo, ela não saiu bem como ele esperava. A hipótese levantada para explicar as respostas frustrantes de Altino, é que Altino mora no Acre, onde ele pode ser ameaçado por suas declarações, configurando censura ou ameaça de censura. Mas é só uma hipótese.
Após ter assistido a tal pergunta de Altino a Gilmar Mendes e lido a entrevista de PHA com Altino, aproximadamente às 11h5min de hoje, fiz o seguinte comentário:
"Não concordo com a passividade do entrevistado. Mas não significa que a opinião dele tenha menos valor do que a minha.
Achei muito deselegante a maneira quase coercitiva de o Paulo Henrique Amorim querer "ensiná-lo", bem como a responder o que ele queria ouvir (pelo menos, a transcrição me pareceu assim).
Eu gosto do PHA e concordo com muitas de suas opiniões, mas hoje, este site caiu em erros iguais aos do que ele costuma chamar de imprensa golpista, fazendo perguntas esperando determinada resposta, comportando-se como parte interessada e menosprezando a versão do entrevistado.
Destaco a desnecessária reprodução das gaguejadas do entrevistado, que suponho ser um recurso para desmerecer a opinião dele. Isso só fez dificultar a leitura do texto e produzir em mim uma certa antipatia pela entrevista.
Se isso começar a se repetir, infelizmente, o Conversa Afiada vai perder a assiduidade deste humilde leitor."
(Uma observação: na minha opinião leiga, a nomeação daquele cidadão para ministro do STF foi um erro, por vários motivos que não vou expor aqui)
Por que desta vez eu inseri toda essa introdução ao comentário? Porque ele foi preterido no site. Mais tarde, mais ou menos umas 15h30min, eu deixei outro recado, educado, perguntando por que minha opinião não tinha sido publicada, pedindo ao menos o envio de um e-mail explicando. Novamente, a minha mensagem não está lá e até agora não recebi nenhum e-mail.
Não posso mais supor que meu comentário esteja de fora por acidente. Posso aceitar que o site é do PHA e lá ele publica o que ele quiser e a lei permitir. Todavia, também posso concluir que, para acusar seus desafetos, ele lança mão dos mesmos recursos que concomitantemente está condenando: censura.
No site, PHA critica fortemente setores da imprensa, que foram apelidados por ele mesmo como Partido da Imprensa Golpista, ou PiG, com "I" minúsculo mesmo, em referência ao portal iG, com o qual teve o contrato desfeito de supetão. As críticas mais evidentes ao que ele e seus seguidores chamam de PiG, são os métodos parciais e interesseiros aliados a um critério estritamente ideológico para esses canais, jornais e revistas noticiarem o que consideram relevante.
Diante dessa situação, ele pretende fazer um contra-ponto ao partidarismo velado do setor dominante (economicamente) da mídia brasileira, sobretudo a Veja, a Folha de São Paulo e as organizações Globo. Como está claro neste texto, eu concordo com ele. Eu também percebo uma forte tendência desses veículos de comunicação em condenar, com base em qualquer vestígio, as desonestidades e ou outros comportamentos reprováveis do PT, PC do B, PSol, por exemplo. Contrariamente, o tratamento dispensado a partidos como PSDB, PFL, PTB é de um paizão para o filho, sempre desculpando as falcatruas ou mesmo ignorando fatos que podem prejudicar a imagem de seus políticos. Isso para mim está muito claro.
Então, na minha modesta opinião, acho mais ou menos justo que um jornalista mais alinhado à esquerda queira balancear essa equação, expondo todos os podres dos mais influentes políticos da direita. Além disso, ele não esconde um ódio especial, e justificado, por certas figuras conhecidas no meio político e econômico. De posse dessas informações, eu me vacino contra alguns revanchismos dele e vou à leitura, porque acho que, apesar de saber que ele está contando deliberadamente apenas uma versão da história, não posso negar que ele diz verdades que estão desesperadas para serem ditas.
Assim, hoje, o Conversa Afiada publicou uma entrevista com jornalista Altino Machado, sobre uma pergunta, digamos expositiva, que este fez ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, o Ministro Gilmar Mendes. Resumidamente, o caso é que, em uma entrevista anterior, o repórter Altino questionou a condição do ministro de grande proprietário de terras, quando condena mortes provocadas por participantes do Movimento dos Sem-Terra e é omisso em se tratando de assassinatos promovidos por latifundiários com terras invadidas. Isso fez o ministro reagir, primeiro, com certa grosseria, e, mais tarde, valendo-se de seu poder, com medidas repressivas ao repórter. Querendo munir-se de mais fatos que comprovem o comportamento ditatorial e a falta de reputação ilibada de Gilmar Mendes, PHA fez a tal entrevista. Contudo, ela não saiu bem como ele esperava. A hipótese levantada para explicar as respostas frustrantes de Altino, é que Altino mora no Acre, onde ele pode ser ameaçado por suas declarações, configurando censura ou ameaça de censura. Mas é só uma hipótese.
Após ter assistido a tal pergunta de Altino a Gilmar Mendes e lido a entrevista de PHA com Altino, aproximadamente às 11h5min de hoje, fiz o seguinte comentário:
"Não concordo com a passividade do entrevistado. Mas não significa que a opinião dele tenha menos valor do que a minha.
Achei muito deselegante a maneira quase coercitiva de o Paulo Henrique Amorim querer "ensiná-lo", bem como a responder o que ele queria ouvir (pelo menos, a transcrição me pareceu assim).
Eu gosto do PHA e concordo com muitas de suas opiniões, mas hoje, este site caiu em erros iguais aos do que ele costuma chamar de imprensa golpista, fazendo perguntas esperando determinada resposta, comportando-se como parte interessada e menosprezando a versão do entrevistado.
Destaco a desnecessária reprodução das gaguejadas do entrevistado, que suponho ser um recurso para desmerecer a opinião dele. Isso só fez dificultar a leitura do texto e produzir em mim uma certa antipatia pela entrevista.
Se isso começar a se repetir, infelizmente, o Conversa Afiada vai perder a assiduidade deste humilde leitor."
(Uma observação: na minha opinião leiga, a nomeação daquele cidadão para ministro do STF foi um erro, por vários motivos que não vou expor aqui)
Por que desta vez eu inseri toda essa introdução ao comentário? Porque ele foi preterido no site. Mais tarde, mais ou menos umas 15h30min, eu deixei outro recado, educado, perguntando por que minha opinião não tinha sido publicada, pedindo ao menos o envio de um e-mail explicando. Novamente, a minha mensagem não está lá e até agora não recebi nenhum e-mail.
Não posso mais supor que meu comentário esteja de fora por acidente. Posso aceitar que o site é do PHA e lá ele publica o que ele quiser e a lei permitir. Todavia, também posso concluir que, para acusar seus desafetos, ele lança mão dos mesmos recursos que concomitantemente está condenando: censura.
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