domingo, 31 de outubro de 2010

Comparativo da derradeira rodada de pesquisa (agora é de verdade)

DataFolha:

Dilma 51% (+3; -1; +2) x 41% Serra (-1; -2;+3)

Sensus:

Dilma 50,3% (estável; +5,1; -1,6) x 37,6% Serra (-0,9; -5,2; +0,9)

Ibope:

Dilma 52%(+2; +1; estabilidade) x 40% Serra (-3; -1; +1)

Vox Populi:

Dilma 49% (+3; -2;+2) x 38% Serra (-1;-1;+1)

Lembrando que esses números se referem aos votos totais.

Descrição da análise abaixo:
São 9 pares de comparações.
Um lado, a comparação favorável a um candidato
O outro, a comparação mais favorável ao outro
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Maior diferença entre os dois: 13,6% Sensus
Menor diferença entre os dois: 10% DataFolha

Máximo da Dilma: 52% Ibope
Mínimo da Dilma: 49% VoxPopuli

Mínimo do Serra: 37,6% Sensus
Máximo do Serra: 41% DataFolha

Maior crescimento da Dilma nesta rodada: (2) DataFolha e VoxPopuli
Maior queda da Dilma nesta rodada: (-1,6) Sensus

Menor crescimento do Serra: (0,9) Sensus (arredondando, chega-se em 1 ponto, mesmo valor do Ibope e VoxPopuli)
Maior crescimento do Serra: (3) DataFolha

Maior crescimento acumulado da Dilma: (4) DataFolha
Menor crescimento acumulado da Dilma: (3) Ibope e VoxPopuli

Maior queda acumulada de Serra: (-5,2) Sensus
Menor queda acumulada de Serra: (0) DataFolha

Maior disparada da Dilma nesta rodada: (1) VoxPopuli
Maior aproximação do Serra nesta rodada: (2,5) Sensus

Maior disparada acumulada da Dilma: (8,7) Sensus
Menor disparada acumulada da Dilma: (4) DataFolha e VoxPopuli
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Conclusão:

As diferenças de pontuações chegam a extrapolar a margem de erro para os dois candidatos.

PSDB

O PSDB tem que tirar no mínimo 10potnos de diferença no último dia, para sonhar com a presidência. Muito difícil, chega muito perto do impossível.

Os institutos "protegidos" pelo PSDB, Ibope e DataFolha, apontaram juntos seis dos dados mais favoráveis ao Serra e três dados mais desfavorável a ele.

Curiosidade: o Sensus, que começou o 2º turno sendo o instituto "mais confiável" para o PSDB (porque mostrou empate técnico), é aquele que dá a metade dos dados desfavoráveis ao Serra e favoráveis à Dilma, inclusive a maior diferença.

No último levantamento, todos os institutos de pesquisa mostraram o Serra subindo.

PT

Para o PT, todas as pesquisas continuam boas. A situação da Dilma é muito confortável. Todas as pesquisas apontam diferença bastante acima da margem de erro. A eleição só está perdida num caso de erro grosseiro de todos os institutos de pesquisa (o que é muito improvável)

O "protegido" do PT, o VoxPopuli, apresentou apenas três dos dados mais favoráveis à Dilma e dois dos dados mais desfavoráveis a ela. O Sensus foi o que apresentou mais dados mais favoráveis: cinco.

Só o Sensus mostrou queda da Dilma. O Ibope mostrou estabilidade.

Ainda assim, em todas as pesquisas, a Dilma apareceu com mais vantagem do que tinha no início do 2º turno, e acima da margem de erro.
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Um pequeno delírio

Se as pesquisas estiverem certas, a Dilma vencerá as eleições, com votação total entre 47% e 54%, contra 35,4% a 43% de Serra.

Na melhor das hipóteses para Serra, o resultado será de 52% x 48% para a Dilma, nos votos válidos, mantida a situação do dia.

Na melhor das hipóteses para a Dilma, o resultado será de 60,4% x 40% para ela, nos votos válidos, mantida a situação do dia.

Coloquei isso aqui, dando uma grande margem de erro aos institutos de pesquisa para cobrar a fidelidade dos institutos de pesquisa no dia 2 de novembro.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Comparativo da penúltima rodada de pesquisas

DataFolha:

Dilma 49% (+3; -1) x 38% Serra (-1; -2)

Sensus:

Dilma 51,9% (estável; +5,1) x 36,7% Serra (-0,9; -5,2)

Ibope:

Dilma 52%(+2; +1) x 39% Serra (-3; -1)

Vox Populi:

Dilma 49% (+3; -2) x 38% Serra (-1;-1)

Lembrando que esses números se referem aos votos totais.

Descrição da análise abaixo:
São 9 pares de comparações.
Um lado, a comparação favorável a um candidato
O outro, a comparação mais favorável ao outro
vermelho: mais favorável à Dilma ou menos favorável ao Serra
amarelo: mais favorável ao Serra ou menos favorável à Dilma

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Maior diferença entre os dois: 15,2% Sensus
Menor diferença entre os dois: 11% DataFolha e VoxPopuli

Máximo da Dilma: 52% Ibope (arredondando 51,9%, o Sensus chega no mesmo número)
Mínimo da Dilma: 49% DataFolha e VoxPopuli

Mínimo do Serra: 36,7% Sensus
Máximo do Serra: 39% Ibope

Maior crescimento da Dilma nesta rodada: (5,1) Sensus
Maior queda da Dilma nesta rodada: (-2) VoxPopuli

Maior queda do Serra: (-5,2) Sensus
Menor queda do Serra: (-1) Ibope e VoxPopuli

Maior crescimento acumulado da Dilma: (5,1) Sensus
Menor crescimento acumulado da Dilma: (1) VoxPopuli

Maior queda acumulada de Serra: (-6,1) Sensus
Menor queda acumulada de Serra: (-2) VoxPopuli

Maior disparada da Dilma nesta rodada: (10,3) Sensus
Maior aproximação do Serra nesta rodada: (1) VoxPopuli

Maior disparada acumulada da Dilma nesta rodada: (10,3) Sensus
Menor disparada acumulada da Dilma: (3) VoxPopuli

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Conclusão:

O PSDB tem que tirar no mínimo 11% de diferença na última semana, para sonhar com a presidência. Muito difícil, mas nada impossível. Para ser demonstrar essa possibilidade, o Sensus evidenciou uma disparada de mais de dez pontos da Dilma em uma semana. Seria necessário o movimento inverso, em igual intensidade.

Os institutos "protegidos" pelo PSDB, Ibope e DataFolha, apontaram juntos quatro dos dados mais favoráveis ao Serra e um dado mais desfavorável a ele.

Curiosidade I: o Sensus, que começou o 2º turno sendo o instituto "mais confiável" para o PSDB (porque mostrou empate técnico), é aquele que dá quase todos os dados desfavoráveis ao Serra e favoráveis à Dilma, inclusive a maior diferença.

Novamente, não estou chamando a pesquisa do Sensus de enviesada ou pouco confiável, mas é uma disparidade muito grande em uma semana. Ainda assim, as diferenças do Sensus para os outros institutos estão dentro da margem de erro (2,2).

Curiosidade II: o VoxPopuli, a quem o PSDB pensou em processar pelos resultados, e de quem o PSDB constantemente levantou suspeitas nessas eleições, é justamente aquele que dá quase todos os dados favoráveis ao Serra e desfavoráveis à Dilma, nessa reta final, inclusive a menor diferença.

Para o PT, todas as pesquisas continuam boas. Porém, se na última rodada, o seu "protegido", Vox Populi, foi o que apresentou o maior número de dados mais favoráveis, agora esse instituto foi o que apresentou quase todos os dados desfavoráveis à Dilma.

Ainda favorecendo a Dilma, todos os institutos de pesquisa mostraram queda do Serra, em todas as rodadas

Já o crescimento da Dilma não foi uma constante, tendo ela ora subido, ora descido, ora estabilizado ao longo do 2º turno.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Resumo da Ópera PSDB x PT

Num ponto, alguns analistas têm razão:

O PSDB e o PT querem a mesma coisa: poder.

Poder para desenvolver o Brasil
Poder para desenvolver o ego
Poder para se reeleger.

A diferença entre esses partido é como usam esse poder para atingir seus objetivos.

PSDB quer que o Brasil seja um Palace II:
- aparência suntuosa
- vendido caro, apenas para uma classe alta
- porém construído com materiais baratos, de baixa qualidade
- entrega ao sucessor pronto para ser implodido

PT quer que o Brasil seja um Ed. Júlio Soares ("Prédio da Cemig" em Belo Horizonte)
- aparência reta e sóbria
- feito para trazer benefícios ao povo
- cuidadosamente construído sobre um brejo, aparentemente sem condições de sustentar tanto peso
- mesmo assim, de pé, ativo, firme, dando lucro após 50 anos e com previsão de ser ampliado

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

13 passos para entender o que aconteceu

1- Começa a confusão

2- Serra é atingido por uma bolinha de papel

3- Um cinegrafista do PSDB, sem perceber, captura a imagem

4- Com a confusão, o Serra e a equipe entram na Van, para se proteger.

5- Isso dá tempo de passar as imagens para o notebook ou para trocar o cartão de memória ou as fitas das câmeras.

6- Passada a confusão, o Serra volta para a rua.

7- Dentro da Van, alguém continua conferindo as imagens da confusão (na própria câmera ou no notebook)

8- Essa pessoa constata que o Serra recebeu uma espécie de "pedrada" no cocoruco, de um objeto disforme, impossível de determinar o que é, pelo tamanho da tela da câmera ou do notebook.

9- Essa pessoa entra em contato com o Serra pelo celular e explica a situação.

10- Mau ator, Serra imediatamente leva a mão à cabeça e simula um ferimento (tal qual Rojas).

11- Até aqui, ninguém ainda se revoltara com a "pedrada" que ele já teria tomado.

12- Serra volta para a Van moribundo.

13- Ele vai fazer exames com um médico chegado ao barraqueiro notório César Maia.

Afirmo aqui: Essa minha historinha é um palpite, uma especulação! Tirei da minha cabeça com base nos fatos e um pouco de raciocínio lógico. É claro que a minha seqüência de eventos pode estar errada da primeira à última linha, mas os fatos me permitem essa conclusão.

domingo, 24 de outubro de 2010

13 hipóteses nas quais Serra e a campanha do PSDB precisam que acreditemos:

(Considerando a minha visão de ontem, venho levantar essa questão)

A) Que havia uma chuva invisível de objetos, cuja nuvem fora colocada pelos mata-mosquitos e acima apenas da cabeça do Serra; ou

B) Que os mata-mosquitos têm uma mira inacreditável; ou

C) Que os mata-mosquitos têm uma sorte (ou azar) inacreditável; ou

D) Que, numa bolinha de papel, os mata-mosquito conseguem fazer, usando a mão, o que o Nelinho fazia com o pé, arremessando-a de longa distância, em curva aguda, e acertando o alvo;

E) Que caiu um objeto pesado na cabeça do candidato e só o Índio da Costa percebeu;

F) Que a diferença de 2Kg para 500g, depois pra 200g, nem é assim tão grande;

G) Que a Globo tem presunção de veracidade, mesmo depois de inúmeras contradições;

H) Que a Globo, e só ela, tem poder e legitimidade para esclarecer o que aconteceu, mesmo contra as versões de todos os outros canais;

I) Que uma história de que o Serra mesmo participou depende da explicação da Globo, para ele saber que versão adotar;

J) Que uma fita adesiva caiu e rebateu a pelo menos 30km/h, na melhor das hipóteses, no vácuo;

K) Que a mesma fita adesiva, ao rebater, sem ir abaixo dos 30Km/h, não acertou mais ninguém, no meio de uma multidão apertada;

L) Que uma lesão pode mudar de lugar com o tempo;

M) Que uma tomografia é necessária mesmo quando não há qualquer indício de lesão.

sábado, 23 de outubro de 2010

13+1 considerações sobre a bolinha de papel

Quero só dar meu palpite.

Dia 20, começou mais uma polêmica eleitoral que, em termos de esclarecimentos, não produz nada. Só confunde. Então, vamos elucidar algumas coisas.

O José Serra pode sim ter levado uma pancada forte na cabeça. O fato de não haver uma imagem crível dessa pancada, simplesmente mostra que ela ainda não veio a público. Assim, a possibilidade não fica totalmente excluída. Isso tem que ficar claro.

Além disso, também havemos de convir que, mesmo com uma simples bolinha de papel, de alguma maneira, pode-se falar em acuamento moral. Não estou tirando o direito dos mata-mosquitos se revoltarem. Mas o argumento da intimidação, até certo ponto, é válido. Assim, como são válidas as razões dos mata-mosquitos para se revoltarem com a pessoa do candidato.

Mas outras coisas são importantes nessa discussão:

1- Como tudo hoje, qualquer grande evento é registrado de inúmeros ângulos, pelos celulares e máquinas digitais. Posso considerar que a grande maioria dessas lentes estavam voltadas para o Serra. Muitas dessas pessoas registrando a passeata aparecem nas reportagens do dia 20. Entretanto, até agora apareceu apenas um vídeo que mal dá pra enxergar o suposto segundo objeto, além da bolinha de papel. Nenhum outro. Supondo-se que todos os celulares e máquinas digitais focados no Serra eram de seus eleitores, era de se esperar uma enxurrada de vídeos na internet, mostrando o objeto pesado e a seqüência de eventos. O que aconteceu, já passada quase uma semana útil, foi que nenhum de seus eleitores presentes se habilitou a provar o tal "objeto pesado".

2- Em contraste com a absoluta falta de evidências do "objeto pesado", a mesma discreta bolinha de papel foi capturada por pelo menos três ângulos diferentes. O objeto pesado - que obviamente deveria chamar a atenção -, não foi registrado por ninguém.

3- Mais do que isso, uma ou mais câmeras da própria campanha do José Serra estavam lá, registrando cada passo dele. E nem assim seu comitê conseguiu apresentar imagens do tal objeto que machucou o Serra. É uma contradição o fato de um mesmo instante sem muita importância ter sido registrado por diversas câmeras (inclusive a do Serra), e um instante de mais relevância ter sido supostamente capturado por apenas uma (que não é a do Serra).

4- Mesmo assim, esse registro é um indício duvidoso, já que não capturou a trajetória do projétil, nem antes, nem depois do suposto impacto. Esse segundo projétil poderia ter vindo, por exemplo, de trás, de cima ou de um dos lados. Ficaria impossível dizer se ele foi arremessado pelos mata-mosquitos ou acidentalmente por um morador do prédio acima ou por alguma armação de sua própria campanha. Isso se é que é possível esse objeto ter caído sem aparecer sua trajetória.

5- Além disso, o tal "projétil" do celular também já foi questionado, podendo se tratar de um "Óvni", ou seja, um efeito de luz e ângulo fez parecer, apenas naquele quadro (ou frame, se preferirem), que havia um objeto sobre a cabeça do Serra. Esse é um fenômeno extremamente comum. Onde alguns vêem fita adesivas, outros poderiam ter visto um espírito.

6- O vídeo com o "Óvni" foi editado, logo após o suposto impacto. Isso possivelmente gerou mais uma interpretação equivocada do vídeo.

7- Mas deu tempo de perceber que o Serra novamente não esboça reação, com o suposto segundo objeto. Essas quatro últimas constatações convergem para a conclusão de que esse celular também não registrou mais nada caindo no Serra.

8- Mesmo assim, se ficar comprovado que esse "Óvni" é, de fato, um rolo adesivo ou outro objeto, isso continua não justificando o sensacionalismo. Terão que dizer que foi ainda um terceiro objeto que atingiu o Serra.

9- Além disso, não apareceu, nem ouvi falar de "chuva" de pedrinhas, adesivos, bolinhas de papel, nada disso. Para que conseguissem acertar somente o José Serra duas ou três vezes, sem arremessar muitos objetos para cima, ou a pessoa teria que estar muito perto (teria que ser alguém do próprio partido) ou o mata-mosquito precisaria ter uma mira e uma concentração digna de Olimpíadas. É muito pequena a probabilidade de arremessarem dois ou três objetos e apenas uma pessoa ser acertada em todas as vezes no meio da multidão. Se essa pessoa for uma específica, essa probabilidade diminui para a quase nulidade. Teria sido maior a chance de apostar na Mega-Sena.

10- o perito da Globo comete equívocos gritantes em pelo menos duas conclusões: nos três ângulos disponíveis (SBT, Record e PSDB), a bolinha de papel nitidamente bate do lado direito da cabeça. Porém, para apontar onde a bolinha teria atingido, o perito coloca a bola quase no forâme-magno (ou seja, na base da nuca). Além das imagens, na posição em que estavam os petistas, era impossível alguém atingi-lo onde ele indicou. Mais uma vez, teria que ser alguém do próprio partido. Nesse ponto, o perito errou e errou por muito.

O crânio humano

11- Quando se refere à suposta fita adesiva, ele mostra o osso frontal direito, próximo do osso parietal (isto é, da testa para cima, ou, nas palavras dele, "frontal-superior"). Todavia, o único quadro em que aparece um indício de objeto, é bem no osso parietal direito, a meia distância do osso frontal (ou seja, no côco, um pouco de lado).

12- Talvez ele tenha feito isso para aproximar sua perícia do depoimento do médico, concordando com o lado de impacto. Mas o fez de forma completamente enganada (ou enganosa). Segundo o médico, a região de impacto é a occipito-parietal (de lado, um pouco atrás), ao contrário do perito, que determinou a região fronto-parietal (de lado, um pouco à frente). Esses dois erros grosseiros e favoráveis a um segundo impacto podem indicar que as duas "perícias" (a do médico e a do perito) tenham sido altamente tendenciosas.

13- Se um objeto realmente atingiu a cabeça do candidato, ou ele ou o médico se equivocou na localização do trauma. Em todos os registros, a mão do Serra indica que a dor ocorreu na região no osso parietal esquerdo, próximo do meio da sutura sagital (isto é, bem no côco). Ao contrário disso, o médico indica, com a mão, o lado direito e afirma que "o ferimento" ocorreu "na região occipto-parietal" (isto é, um pouco atrás na cabeça, de ladinho). Pode até ter sido um momento de distração, mas acho extremamente improvável algum médico, mesmo os recém-formados, cometerem esse equívoco, principalmente num momento de projeção nacional. Pior ainda um médico da experiência dele.

13+1- Diante desses fatos, o diagnóstico do médico concordou com o local da queda da bolinha de papel mostrada nos vídeos, mas contradiz o vídeo do Uol e a perícia da Globo, em relação à suposta "fita adesiva".

13+2- Ainda que um objeto mais pesado tenha atingido, o fato de o projétil não ter produzido nenhum resquício de lesão, nem mesmo rubor (isto é, "vermelhidão") indica que, se houve agressão, ela foi moral, não física. Contudo, a atitude do Serra faz parecer que houve uma agressão, além de moral, física.

Conclusão:

Como eu disse, eu não descartaria terminantemente a hipótese de agressão física, neste momento. Porém, reconhecer a existência dessa possibilidade não é a mesma coisa de dizer que ela é mais provável do que uma "armação" dos tucanos. Todas as evidências, inclusive o as do médico e a do perito da Globo, concordam que não houve qualquer tipo de agressão física.

Ao lado disso, já dá pra afirmar categoricamente que houve valorização excessiva do ocorrido, com a ajuda do Jornal Nacional, o que já configura uma interpretação desonesta dos fatos.

Se houve agressão física, uma imagem menos duvidosa do "atentado" aparecerá. Isso é certeza, não uma possibilidade. Enquanto essa imagem não aparecer, a tese mais concreta é a da armação.

E mais, se nenhuma imagem aceitável aparecer até as eleições, podemos ter a segurança de concluir, sem margem de dúvida, que o ocorrido foi uma armação tucana, pura e simples.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Comparativo da nova rodada de pesquisa

DataFolha:

Dilma 50% (+3) x 40% Serra (-1)

Sensus:

Dilma 46,8% (estável) x 41,9% Serra (-0,9)

Ibope:

Dilma 51%(+2) x 40% Serra (-3)

Vox Populi:

Dilma 51% (+3) x 39% Serra (-1)

Maior diferença entre os dois: 12% Vox Populi
Menor diferença entre os dois: 4,9% Sensus (não se trata mais de empate técnico)

Máximo da Dilma: 51% Ibope e Vox Populi
Mínimo da Dilma: 46,8% Sensus

Máximo do Serra: 41,9% Sensus
Mínimo do Serra: 39% Vox Populi

Maior crescimento da Dilma: 3% DataFolha e VoxPopuli (acima da margem de erro)
Menor crescimento da Dilma: 0% Sensus (estabilidade)

Maior queda do Serra: 3% Ibope (acima da margem de erro)
Menor queda do Serra: 0,9% Sensus (dentro da margem de erro)

Maior disparada da Dilma: 5% Ibope
Menor disparada da Dilma: 0,9% Sensus

Conclusão:

O PSDB só pode confiar nas pesquisas do Sensus para imaginar que não será tão difícil virar a eleição. Todos os dados mais favoráveis (ou menos prejudiciais) ao Serra encontram-se no levantamento do Sensus. Não estou chamando a pesquisa do Sensus de enviesada ou pouco confiável. A pesquisa do Sensus é a de menor amostragem e com a maior margem de erro (2,2)

Para o PT, todas as pesquisas estão boas. De todos os levantamentos, só o Sensus não apresenta algum dado mais favorável à Dilma. O Vox Populi é o que apresenta o maior número de dados mais favoráveis.

Se o Sérgio Guerra quiser continuar a processar o Vox Populi, ele terá que pensar seriamente em questionar dois institutos amigos e protegidos seus do 1º turno, o DataFolha e o Ibope.

O Sensus foi questionado pelo PSDB no 1º turno.

Moral da estória. O instituto de pesquisa é mais ou menos confiável, de acordo com a conveniência dos resultados.

sábado, 16 de outubro de 2010

Em quem acreditar?

DataFolha:

Dilma 47% x 41% Serra

Sensus:

Dilma 46,8% x 42,7% Serra

Ibope:

Dilma 49% x 43% Serra

Vox Populi:

Dilma 48% x 40% Serra

Maior diferença entre os dois: 8% Vox Populi
Menor diferença entre os dois: 4,1% Sensus

Máximo da Dilma: 49% Ibope
Mínimo da Dilma: 46,8% Sensus (diferença de 2,2%, no limite das margens de erro)

Máximo do Serra: 43% Ibope
Mínimo do Serra: 40% Vox Populi (diferença de 3%, acima das margens de erro)

Tá normal?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

última pesquisa Datafolha

Deu Dilma 47%X41% Serra. O resto é bobagem.

No entanto, outros números chamaram minha atenção. Em rejeição, a Folha dá a entender que a Dilma tem um pouco mais de rejeição que o Serra.

Dos que não votam na Dilma, 67% não votariam nela de jeito nenhum (e 33% poderiam votar, creio eu).
Dos que não votam no Serra, 66% não votariam nele de jeito nenhum (e 34% poderiam votar, creio eu)

O que está confuso é que essa porcentagem representa apenas aqueles votos que não foram dados a esses candidatos. São grupos diferentes, de dimensões diferentes.

Uma teoria dos conjuntos rápida explica bem a situação:

Quantos não estão votando no Serra: 100% - 41% (total de votos nele) = 59%
Quantos não estão votando na Dilma: 100% - 47% (total de votos nela) = 53%

Quantos não votariam no Serra de jeito nenhum: 59% x 66% = 39%
Quantos não votariam na Dilma de jeito nenhum: 53% x 67% = 35,5%

Resultado real da rejeição Serra 39% X 35,5% Dilma. Na verdade, o Serra tem mais rejeição, e não o contrário, que a Folha nos dá a entender.

Isso, segundo meus próprios cálculos. Aceito correções.

Donde também posso concluir que o teto da Dilma é de 47% + 53% x 33% = 64,5%.

A Dilma ainda tem muito espaço para crescer. Basta continuar fazendo uma campanha limpa e honesta.

Não custa mostrar a sujeira e a desonestidade da campanha do outro lado também...

Dilma neles!

sábado, 9 de outubro de 2010

Mentiras óbvias

Quando uma verdade é óbvia, ela não precisa ser provada para ser aceita.

Meu sangue é vermelho. Isso é óbvio. Não preciso provar.

E quando a mentira é óbvia? É quando não é preciso demonstrar que uma informação é errada para ela ser refutada.

Um objeto cai pra cima. É óbvio que é mentira. Embora seja muito fácil demonstrar a fragilidade dessa premissa, chega a ser ridículo alguém se propor a provar o contrário.

Assim estão aparecendo alguns fatos sobre a Dilma.

Hoje, ela foi comparada ao Collor, porque Collor foi eleito, mesmo sendo desconhecido. Ora, a Dilma ocupa, há mais de cinco anos, talvez um dos cinco cargos de mais destaque na Federação. Mais destaque, inclusive que o governo de São Paulo. Tem sido noticiada aos quatro ventos há muito tempo.

Agora vem uma campanha, querendo empurrar goela abaixo a tese de que ela não é conhecida e, assim, não deveria ser eleita. E, para isso, resolveram compará-la ao Collor. Por que não a comparam, por exemplo, ao Barack Obama? Ou ao tucano eleito em Minas, Antônio Anastasia (que ocupa precisamente o mesmo nicho de administrador alavancado pelo antecessor)?

Ou a campanha do PSDB realmente está de sacanagem ou se apegou à idéia ingênua de que, depois de dar suas "avoadas" um tucano pode cair pra cima...


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Anti-anticampanha

Sei que ando relapso com este espaço. Acho que percebi que não levo muito jeito pra coisa. Não sei se a intenção era transformar o Palpite do Dia em palanque. Porém...

O que justifica meu retorno é que eu não queria ver o bonde passar. A Dilma não foi para o 2º turno com a Marina e a campanha para difamá-la está pesada. Quero fazer a minha parte para desconstruir isso.

Agora há pouco, vi uma campanha "Dilma Não".

Acho nobre quando alguém vota num candidato pelos valores dele. O que acho totalmente desmerecido é quando o candidato vence pela rejeição ao outro - ainda que o outro seja, mesmo, corrupto, incompetente ou pefelista (que costuma ser a junção dos dois primeiros).

O que o terço tucano do eleitorado tem tentado fazer é isso. Não é uma campanha, mas uma anticampanha. E o mais triste é que é uma anticampanha fundamentada na falta de compromisso com a verdade e fomentada pela campanha do PSDB, inclusive em horário eleitoral.

Em nome do bom senso e da valorização da inteligência dos brasileiros, venho propor a anti-anticampanha. Já começaram a pipocar sites que desmentem os boatos sobre a Dilma e o PT. Falta agora divulgar maciçamente, para que se faça uma campanha baseada em argumentos sólidos e para que o eleito mereça a vitória, ainda que seja o PSDB (possibilidade que considero remota).

Aliado a isso, é preciso reconhecer que o PT tem feito, pelo menos desde 2001, campanhas limpas, sem apelar para baixaria, revidando apenas com propostas e resultados as anticampanhas sujas de que tem sido alvo desde 1989 (e tem reiterado essa posição na atual campanha). Isso deveria ter um grande repercussão na sociedade.

Na linha do "Dilma Não", também é preciso haver uma anti-anticampanha. Porque marketing não se faz apenas com ideologia. Não quero inventar essa palavra ou expressão, porque não sou bom com essas coisas. A única coisa que rejeito desde o primeiro momento como resposta é um "Serra Não". Não precisamos de mais essa.