sábado, 10 de outubro de 2009

Surfando na crista de Honduras

Essa tendência de se falar de qualquer jeito sobre qualquer coisa tem sido muito levada para a imprensa.

É só acontecer algum fato polêmico que todo mundo vira autoridade no assunto. Jornais impressos e de TV nem mais se constrangem em colocar especialistas em porra nenhuma para fazer profundas análises sobre os mais variados e complexos temas, em jornais e mesas de debates.

A onda agora é ser doutor em legislação hondurenha. Se esta minha colocação fosse lida seis meses atrás, soaria como uma piada sem-graça. Mas não. De uns dois meses pra cá, todo mundo conhece a fundo sociologia e direito hondurenho desde a faculdade. E o mais impressionante é que (aposto) absolutamente NENHUM desses jornalistas/colunistas sequer conhece algum cidadão hondurenho para discorrer sobre o assunto com propriedade. Muito menos pôs os pés naquele país algum dia, viu a realidade ou conhecem bem o funcionamento das coisas por lá. Eu também, até outro dia, nunca tinha ouvido falar em Tegucigalpa. Mas estou tentando me colocar no lugar dos habitantes daquele país.

Chega a ser desrespeitoso.

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