Esses dias me contaram que chá preto tem mais cafeína que café.
sábado, 29 de novembro de 2008
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Aviso
Desde o primeiro dia, estou muito comportado nesta birosca. Fiquei com um receio estúpido, porque eu comecei a pretender este espaço como de discussões inteligentes e, assim, fiquei recalcando muitos pensamentos politicamente incorretos, o que é mais natural das minhas não-convencionais opiniões.
Por isso, aguardem mais palavrões, futilidades, ironias, idéias erradas e tom agressivo.
Tudo com muito respeito, claro.
Por isso, aguardem mais palavrões, futilidades, ironias, idéias erradas e tom agressivo.
Tudo com muito respeito, claro.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Egocentrismos
(...)
É tão engraçado como (...) polarizam tudo entre Rio e São Paulo! Falam desses lugares como se o Brasil pudesse ser resumido aos contrastes entre ambos. (...) É quase como pensam a Europa Ocidental e a América do Norte, quando se referem a eles mesmos como “o mundo”.
Comentário meu publicado em Conversa Afiada
Esse é um assunto que já venho querendo abordar há um tempo e acho que esse comentário resumiu bem o que eu penso.
É tão engraçado como (...) polarizam tudo entre Rio e São Paulo! Falam desses lugares como se o Brasil pudesse ser resumido aos contrastes entre ambos. (...) É quase como pensam a Europa Ocidental e a América do Norte, quando se referem a eles mesmos como “o mundo”.
Comentário meu publicado em Conversa Afiada
Esse é um assunto que já venho querendo abordar há um tempo e acho que esse comentário resumiu bem o que eu penso.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Conscientização x Mobilização
Acabei de ler, na capa de uma nova revista, sobre uma adolescente infectada pelo HIV, dizendo que ela era esclarecida sobre a SIDA antes da contaminação.
Esse caso retrata uma condição que eu vejo e parece que ninguém sacou. Autoridades e moralistas em geral utilizam o termo "conscientização" com o sentido de educação. O que eu acho é que a maioria esmagadora das pessoas que, de algum modo, cometem o que a sociedade considera imprudente, ilegal, vandalismos ou politicamente incorreto, elas o fazem com um mínimo de esclarecimento sobre as conseqüências de seus atos (ou sobre o que pensará a sociedade). A sociedade subestima a capacidade dessas pessoas em entender e compreender o que envolve seus atos.
Por exemplo, essa menina acima: posso apostar que, das pessoas que compreendem o que são doenças sexualmente transmissíveis e sabem como previni-las, muito mais da metade age sem se importar com os riscos. Elas julgam improvável uma contaminação mais séria. E a prevenção, quando há, deve-se muito mais ao risco de gravidez.
Outro caso: esses dias ouvi no rádio sobre a ação da polícia para apreender produtos piratas em shoppings populares. Na própria matéria, os policiais e jornalistas concordavam que os compradores sabiam da origem ilícita dos produtos; que essa atividade gerava "prejuízos" ao governo e que isso refletia no comprometimento da eficiência do serviço público. Os compradores também sabem da violação dos direitos autorais e que os autores não estariam sendo recompensados por suas obras. Essa mesma matéria explicava que, para esses compradores, a compra de produtos pirateados é mais justa porque ajuda na renda dos vendedores, promovendo uma "redistribuição de renda". Ou seja, para esses compradores, as indústrias, os diretores, os artistas e os programadores já têm muito dinheiro e não precisam da receita gerada por essas vendas; então esse lucro é repassado para o vendedor, que é mais pobre e vai fazer um proveito menos fútil daquele dinheiro (ou vai gastar menos dinheiro com futilidades). E o dinheiro dos impostos, em vez de dar a "político corrupto" ou a programas sociais eventualmente ineficientes, são usados direto na finalidade que o comprador escolheu - a tal "redistribuição de renda". (Um comentário: não me oponho a essa lógica. É politicamente incorreta, mas faz todo o sentido.) E a conclusão da matéria foi: "as pessoas não têm consciência dos prejuízos que a pirataria traz."
No caso de motoristas bêbados, todos que tiveram competência para passar na prova de legislação de trânsito têm que saber das alterações fisiológicas provocadas pelo álcool e a conseqüente perda de inibição, atenção e relfexos. E provavelmente já se cansaram de ter notícia de acidentes trágicos por causa de bebida. Mas a auto-confiança sempre fala mais alto e até os passageiros não costumam se importar com a alteração do motorista. A pouca mudança de comportamento sobre isso só aconteceu com essa Lei Seca. E eu nem precisava ir tão longe no caso de motoristas. Eu posso apostar, de novo, que você, leitor, dirigiu falando ao celular pelo menos uma vez nas últimas dez vezes que pegou o carro.
Poderia dar vários outros exemplos: drogas, pixação, lixo, consumo de recursos naturais, consumismo, geladeira aberta, peido, sedentarismo...
O fato é que, em muitos casos, mesmo após compreender o contexto de seu comportamento, as pessoas não correspondem às orientações de uma atitude adequada. Elas não têm motivação para seguir aquela orientação ou, ainda, sentem-se motivadas a não cumpri-la. Os analistas, as autoridades e os moralistas em geral precisam parar de acusar seus alvos de "inconscientes", como se fossem ignorantes, e passar a chamá-los de desmobilizados para aquele assunto. Porque o que eu vejo é que, consciência, a pessoa tem. Ela pode se sentir motivada por aquela causa ou não. Infelizmente (ou felizmente, em alguns casos), só depende dela.
Esse caso retrata uma condição que eu vejo e parece que ninguém sacou. Autoridades e moralistas em geral utilizam o termo "conscientização" com o sentido de educação. O que eu acho é que a maioria esmagadora das pessoas que, de algum modo, cometem o que a sociedade considera imprudente, ilegal, vandalismos ou politicamente incorreto, elas o fazem com um mínimo de esclarecimento sobre as conseqüências de seus atos (ou sobre o que pensará a sociedade). A sociedade subestima a capacidade dessas pessoas em entender e compreender o que envolve seus atos.
Por exemplo, essa menina acima: posso apostar que, das pessoas que compreendem o que são doenças sexualmente transmissíveis e sabem como previni-las, muito mais da metade age sem se importar com os riscos. Elas julgam improvável uma contaminação mais séria. E a prevenção, quando há, deve-se muito mais ao risco de gravidez.
Outro caso: esses dias ouvi no rádio sobre a ação da polícia para apreender produtos piratas em shoppings populares. Na própria matéria, os policiais e jornalistas concordavam que os compradores sabiam da origem ilícita dos produtos; que essa atividade gerava "prejuízos" ao governo e que isso refletia no comprometimento da eficiência do serviço público. Os compradores também sabem da violação dos direitos autorais e que os autores não estariam sendo recompensados por suas obras. Essa mesma matéria explicava que, para esses compradores, a compra de produtos pirateados é mais justa porque ajuda na renda dos vendedores, promovendo uma "redistribuição de renda". Ou seja, para esses compradores, as indústrias, os diretores, os artistas e os programadores já têm muito dinheiro e não precisam da receita gerada por essas vendas; então esse lucro é repassado para o vendedor, que é mais pobre e vai fazer um proveito menos fútil daquele dinheiro (ou vai gastar menos dinheiro com futilidades). E o dinheiro dos impostos, em vez de dar a "político corrupto" ou a programas sociais eventualmente ineficientes, são usados direto na finalidade que o comprador escolheu - a tal "redistribuição de renda". (Um comentário: não me oponho a essa lógica. É politicamente incorreta, mas faz todo o sentido.) E a conclusão da matéria foi: "as pessoas não têm consciência dos prejuízos que a pirataria traz."
No caso de motoristas bêbados, todos que tiveram competência para passar na prova de legislação de trânsito têm que saber das alterações fisiológicas provocadas pelo álcool e a conseqüente perda de inibição, atenção e relfexos. E provavelmente já se cansaram de ter notícia de acidentes trágicos por causa de bebida. Mas a auto-confiança sempre fala mais alto e até os passageiros não costumam se importar com a alteração do motorista. A pouca mudança de comportamento sobre isso só aconteceu com essa Lei Seca. E eu nem precisava ir tão longe no caso de motoristas. Eu posso apostar, de novo, que você, leitor, dirigiu falando ao celular pelo menos uma vez nas últimas dez vezes que pegou o carro.
Poderia dar vários outros exemplos: drogas, pixação, lixo, consumo de recursos naturais, consumismo, geladeira aberta, peido, sedentarismo...
O fato é que, em muitos casos, mesmo após compreender o contexto de seu comportamento, as pessoas não correspondem às orientações de uma atitude adequada. Elas não têm motivação para seguir aquela orientação ou, ainda, sentem-se motivadas a não cumpri-la. Os analistas, as autoridades e os moralistas em geral precisam parar de acusar seus alvos de "inconscientes", como se fossem ignorantes, e passar a chamá-los de desmobilizados para aquele assunto. Porque o que eu vejo é que, consciência, a pessoa tem. Ela pode se sentir motivada por aquela causa ou não. Infelizmente (ou felizmente, em alguns casos), só depende dela.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Crise?
Ainda vou morder minha língua (ou dedos) por dizer isto:
Nos jornais só sai crise, crise, crise... mas ao mesmo tempo o desemprego nas capitais em setembro foi registrado como estável (e estava caindo). Até aqui, a maioria das lojas estão cheias ou abarrotadas de gente, em qualquer dia da semana. Isso não li no jornal. Isso eu vejo todo dia no meu caminho a pé.
Acho que esqueceram de avisar pro povo que o mundo está em crise.
Acho que esqueceram de avisar pro povo que o mundo está em crise.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Trânsito de São Paulo
(...)Porque as prefeituras têm a sua responsabilidade sobre os problemas de trânsito, os motoristas acham que estão isentos de qualquer possibilidade de culpa. Desconsideram que o excesso de carros é conseqüência também da má-vontade dos cidadãos em melhorar a relação de espaço passageiro/veículo em benefício da sua comodidade e conforto intocáveis. Antes de apontar o dedo, procure fazer você mesmo a sua parte para melhorar a situação!
___
(...) É claro que em São Paulo ou em qualquer lugar do mundo, um itinerário percorrido por ônibus coletivo é mais demorado que por um carro de passeio. Só (...) que nós, brasileiros de cidade grande em geral, somos muito mal-acostumados com meios de transporte. Assim, se um só resolve deixar o carro na garagem para ir de ônibus, realmente, faz muito pouca diferença para o trânsito e uma enorme demora para chegar ao destino. Mas se isso fosse a regra, não a exceção, já melhoraria consideravelmente para todo mundo, tenho certeza.
Quanto ao desleixo dos motoristas, não quero justificar nada, mas esse povo, acho que é o que tem o trabalho mais estressante de todos, não só por causa da demora do trânsito, mas pelos constantes altos ruídos a que são submetidos, o permanente risco de adentrar um bandido, a necessidade de sempre fazer hora-extra... digo isso porque conheço alguém que trabalha em medicina do trabalho, fazendo exames auditivos demissionais e eu vivia ouvindo esse tipo de caso.
(...)
Comentários meus publicados no Vi o Mundo e no Maria Frô.
Isso foi um diálogo. Suprimi as partes que, fora de contexto, atrapalhariam o bom entendimento. Essa supressão não causa sério prejuízo ao texto.
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(...) É claro que em São Paulo ou em qualquer lugar do mundo, um itinerário percorrido por ônibus coletivo é mais demorado que por um carro de passeio. Só (...) que nós, brasileiros de cidade grande em geral, somos muito mal-acostumados com meios de transporte. Assim, se um só resolve deixar o carro na garagem para ir de ônibus, realmente, faz muito pouca diferença para o trânsito e uma enorme demora para chegar ao destino. Mas se isso fosse a regra, não a exceção, já melhoraria consideravelmente para todo mundo, tenho certeza.
Quanto ao desleixo dos motoristas, não quero justificar nada, mas esse povo, acho que é o que tem o trabalho mais estressante de todos, não só por causa da demora do trânsito, mas pelos constantes altos ruídos a que são submetidos, o permanente risco de adentrar um bandido, a necessidade de sempre fazer hora-extra... digo isso porque conheço alguém que trabalha em medicina do trabalho, fazendo exames auditivos demissionais e eu vivia ouvindo esse tipo de caso.
(...)
Comentários meus publicados no Vi o Mundo e no Maria Frô.
Isso foi um diálogo. Suprimi as partes que, fora de contexto, atrapalhariam o bom entendimento. Essa supressão não causa sério prejuízo ao texto.
Satiagraha
Saiu no JB.
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/11/19/e191125327.html
Foi revelado o que todo mundo já sabia: o dr. Protógenes Queiroz foi afastado, saiu da Operação Satiagraha contra a vontade, e a gravação fora manipulada para aparentar ser de iniciativa própria. Espero que agora divulguem o áudio completo. Assim é a maior parte da imprensa: quando divulga o áudio, é só a parte que convém ao próprio interesse.
(...)http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/11/19/e191125327.html
Foi revelado o que todo mundo já sabia: o dr. Protógenes Queiroz foi afastado, saiu da Operação Satiagraha contra a vontade, e a gravação fora manipulada para aparentar ser de iniciativa própria. Espero que agora divulguem o áudio completo. Assim é a maior parte da imprensa: quando divulga o áudio, é só a parte que convém ao próprio interesse.
Comentário meu publicado no Conversa Afiada
CPMF
A CPMF era uma contribuição com função e data de validade definidas. Isso é certo. O que não quer dizer que ela não se tornaria eficaz e eficiente por outros motivos não pensados anteriormente, podendo ser adaptada por emendas ou outro meio. O problema é o preciosismo de engessá-la apenas dentro de sua concepção original, considerando-a estática. Note que a resposta se limita apenas ao motivo da sua criação e extinção, mas não entra no mérito dos benefícios que ela trouxe, quando bem usada. Se acabou tornando-se boa para outros fins, por que extinguiram-na radicalmente em vez de corrigir suas imperfeições?
Publicado meu publicado no antigo site do "Conversa Afiada". Hoje esse site está no ar em outro endereço, onde não se encontra mais o palpite acima. Assunto velho, mas esse assunto ainda deve voltar.
Publicado meu publicado no antigo site do "Conversa Afiada". Hoje esse site está no ar em outro endereço, onde não se encontra mais o palpite acima. Assunto velho, mas esse assunto ainda deve voltar.
Sobre o Obama
Simpatizo com o Obama, torci pela sua eleição e torço para ele ser um ótimo presidente. Porém, sinto que a eleição dele devia ter sido mais representativa para os imigrantes do que para negros americanos em si. Pelo que me consta, Barack Obama não descende de escravos, mas de uma americana (ou estadunidense, como preferirem) branca e de um estrangeiro, queniano, e este parece não ter sido pobre em seu país, já que pôde estudar em universidade de "primeiro mundo". Portanto, o futuro presidente dos Estados Unidos deve não ter na sua ancestralidade as típicas histórias de sofrimento, suor, ingratidão e humilhação dos pretos nas Américas. Sem querer tirar o seu mérito, vendo por este lado, a sua educação e as histórias de família que ele ouviu em casa provavelmente não correspondem à idéia que se está fazendo dele. Fora essa observação, acho que foi bom saber que aquele povo mostrou forte predileção por um negro (mesmo que não ligado à escravidão) e ainda filho de estrangeiro.
Comentário meu publicado em: Vi o Mundo
Comentário meu publicado em: Vi o Mundo
Incrementando este espaço
A partir de hoje, vou publicar aqui os meus palpites em blogs internet afora.
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