Não superestime a capacidade intelectual e informativo dos internautas. A maioria se disfarça de mais bem-informada e mais culta do que a realidade. Podem saber muito daquele único assunto específico, apenas variando abordagens; podem realizar uma pesquisa rápida para dar a entender que é um especialista. Já vi até mesmo colarem textos alheios, assumindo-os como próprios. Outros utilizam aquele que me ensinaram como sendo o "argumento falacioso", ou seja, inventam descaradamente um fato ou tratam de suposição já refutada ou refutável como verdade comprovada. Também é fácil encontrar quem acredite em leigo comum, citando-o como se fosse a máxima autoridade em certo conhecimento ou citar autores e autoridades fora de contexto, sem saber exatamente o que eles quiseram dizer. E podem ser convincentes! Eu mesmo já usei com sucesso alguns desses recursos. Não aqui, mas já usei. Uma lida mais atenta auto-acusar-nos-á (como réu confesso, estou me incluindo na turma de farsantes). Portanto, não se preocupe tanto com isso. Forçar um artigo mais comprometido com o julgamento do público do que com sua fluência e autenticidade pode passar uma impressão de ser tão enganador quanto os dos farsantes acima.
Comentário meu publicado em 5 de janeiro de 2009 no Vi o Mundo
Comentário meu publicado em 5 de janeiro de 2009 no Vi o Mundo
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